Daúto Faquirá respira melhor. O Vitória de Setúbal regressou às vitórias. A equipa sadina continua a revelar alguns problemas ofensivos, mas conquistou três pontos frente ao Belenenses (2-0). Anderson e Elias marcaram os golos da equipa setubalense.
O Belenenses surgia no Bonfim moralizado com o primeiro triunfo da época, alcançado na recepção à Académica, mas foi o Vitória de Setúbal que entrou em campo mais forte, a tentar desfazer-se do peso de quatro derrotas consecutivas.
Daúto Faquirá apostou em Bruno Gama e Laionel para a frente de ataque. O jovem internacional português protagonizou a primeira grande oportunidade de perigo do jogo, ao acertar na trave da baliza de Júlio César, quando estavam cumpridos 17 minutos.
Ainda assim a equipa sadina voltou a mostrar problemas no ataque, não só na concretização, mas também na construção de jogadas de perigo. Mateus e Leandro Lima continuam sem conseguir conciliar os seus talentos. Confirmados os problemas, teve de ser um defesa, e ainda de bola parada, a quebrar um jejum de golos que durava há 429 minutos. Anderson cobrou um livre de pé esquerdo, a bola passou rente a várias cabeças mas acabou por não sofrer nenhum desvio, enganando Júlio César.
O Belenenses era penalizado pela postura demasiado passiva que apresentou na primeira parte. Só Gabriel Gomez e Zé Pedro, de livre, criaram perigo, mas falharam o alvo.
Pacheco arriscou tudo o que tinha, mas nada ganhou
Ao intervalo Jaime Pacheco abdicou de Cândido Costa e lançou João Paulo Oliveira. Mano passou para lateral direito e a equipa do Restelo passou a apresentar-se em 4x3x3, mas na parte inicial do segundo tempo o domínio continuou a pertencer à equipa da casa. Os livres de Anderson continuavam a ser o principal foco de perigo. Foi na sequência de um desses lances que Ricardo Chaves, aos 55 minutos, atirou ligeiramente ao lado, de cabeça.
Pouco depois o árbitro Duarte Gomes perdoou o segundo cartão amarelo a Gabriel Gomez e Jaime Pacheco aproveitou para tirar o panamiamo, rendido por Maykon. Pacheco alargava ainda mais a frente de ataque, Faquirá respondia com Elias no lugar de Mateus, para reforçar o meio-campo. A dez minutos do final Jaime Pacheco ainda abdicou do central Alex von Schwedler e lançou Porta, mas o Belenenses não conseguiu chegar ao empate. Maykon dispôs de um livre directo já bem perto do fim, mas atirou contra a barreira.
Acabaria por ser o Vitória a sentenciar o encontro, com um segundo golo marcado já em período de descontos. Silas tentou resolver um contra-ataque mas deu pouca força ao atraso para Júlio César e acabou por isolar Elias, que não falhou.
Destaques
Anderson mostrou aos avançados como se faz O Vitória de Setúbal não marcava um golo há quatro jogos. 429 minutos de jejum, que foram saciados pelo livre directo do central brasileiro. Manteve a titularidade ao lado de Robson, mesmo com Auri de volta (ficou no banco), e não desiludiu. Em termos defensivos esteve certinho, e através dos lances de bola parada criou sempre muitas dificuldades à defesa adversária.
Bruno Gama a lutar contra o sistema O sistema utilizado por Daúto Faquirá (4x4x2 em losango) continua a não beneficiar as suas características, mas ainda assim Bruno Gama continua a lutar contra isso, com qualidade técnica, dinamismo e entrega. Aos 17 minutos encheu o pé direito, à entrada da área, e só não gritou golo porque a bola embateu com estrondo na trave.
Tanto «azul» amarelado Aos 36 minutos já quase toda a defesa do Belenenses (trinco incluído), já tinha visto cartão amarelo. Primeiro foi Carciano, depois Alex, a seguir Cândido Costa e por fim Gabriel Gomez, a quem foi perdoada a expulsão na segunda parte. Faltava China, que foi admoestado já bem perto do fim. Não se pode dizer que todos estes cartões tenham influenciado o resultado, mas por certo condicionaram a exibição do sector mais recuado da equipa do Restelo.
Daúto vê V. Setúbal «pronto para a guerra», Pacheco contra arbitragens
Daúto Faquirá, treinador do V. Setúbal, depois da vitória sobre o Belenenses (2-0), em declarações no «flash interview» da SportTV:
«Nós não fugimos às questões, temos noção da importância do jogo, vínhamos de um conjunto de jogos sem ganhar e era importante fazer aqui pontos. Se possível, como foi, aliando ao resultado uma exibição convincente.»
«A equipa esteve bem e em termos de constância foi a vez que tivemos os 90 minutos mais consistentes. Os jogadores estiveram muito bem.»
(Vem aí um ciclo difícil) «Ainda nem saboreámos esta vitória, vamos primeiro saboreá-la. Mas estamos conscientes do que são as nossas capacidades, prontos para a guerra, para as batalhas que vamos ter.»
«Sabemos que ainda vamos passar por dificuldades, mas agora quero destacar a vitória e todo o grupo, bem como a direcção, que nos tem apoiado, e toda a gente ligada ao clube.
(Sentiu sempre apoio da direcção?) «Sim, nem se coloca a questão. Quando me contrataram sabiam do que eu era capaz. Se em algum momento não sentisse esse apoio, saía. Falou-se muito de eventuais questões internas, mas isso não se passa. Estamos todos em sintonia e esta vitória foi importante para cimentar o espírito de grupo.»
Jaime Pacheco, treinador do Belenenses
«Quando as coisas não funcionam como pretendemos, tenho que assumir todos os erros que a equipa comete. Mas há coisas que temos que ver entre nós, em família.
«Tivemos 45 minutos muito maus. Na segunda parte já tivemos outra postura. Foi pena que não tivéssemos a felicidade e fazer golo.»
«Acho que há excesso de zelo das arbitragens do Belenenses. Com o V. Gimarães, temos 3 ou 4 situações de fora-de-jogo, em que se equivocaram. Com o E. Amadora, foi expulso um jogador, equivocaram-se. Hoje vimos cartões amarelos com critério totalmente desigual. Os jogadores não fizeram nada para ver aqueles cartões. É uma marcação excesso de zelo ou perseguição aos jogadores do Belenenses que não é justa.»
China (Belenenses): «V. Setúbal aproveitou os nossos erros»
China, jogador do Belenenses, após a derrota frente ao V. Setúbal
Sobre o regresso ao onze:
«Certamente não foi o regresso mais feliz. Procurámos vir aqui buscar a vitória, mas o V. Setúbal aproveitou os nossos erros e nós não conseguimos aproveitar as oportunidades.»
«O Marítimo é o próximo jogo e queremos mostrar uma imagem diferente. Esperamos também que a sorte venha para o nosso lado. Vamos procurar somar três pontos e dar uma alegria aos nossos adeptos.»
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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1 comentário:
Caros Amigos "Azuis sem riscas",
Nós associados e adeptos do Clube devemos dar o aval ao Jaime Pacheco e à Comissão de Gestão para, de uma vez por todas, acabar com os "intocáveis" que mais não fazem do que passearem-se nos relvados e darem com as suas "fifias" golos preciosos aos adversários. Talvez nos desempregados do Sindicato possamos arranjar melhores e muito mais baratos pois estes que cá temos para além de "azemolas" são caríssimos. Como é uso dizer-se que o "Povo é quem mais ordena" "intocáveis" não para o banco mas sim já para a rua! Claro aproveitando-se a época do NATAL para que na segunda volta possamos respirar!!!!
De um comentário assás interessante:
"Silas o melhor em campo. Passe magistral para... o segundo golo do vitória.
Os gajos da bola devem estar á rasca para colocarem o Zé ou Silas como os melhores do belém.
Porca miséria."
Com isto está tudo dito!!!!!!
soares da cunha | 25.11.08 - 3:10 pm | #
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