domingo, 30 de novembro de 2008

Afinal, os pitons eram de borracha

Na véspera do encontro, Jaime Pacheco exigiu maior combatividade aos seus jogadores e referiu mesmo que a utilização de pitons de alumínio - por parte dos seus pupilos - colocaria o adversário em sentido. Porém, e atendendo ao desfecho, é fácil constatar que o Belenenses entrou em campo com pitons de borracha. Apesar de a bola ter andado mais colada aos pés dos azuis, o Marítimo teve sempre o jogo controlado, apresentando um meio-campo muito bem organizado, capaz de impor transições defesa-ataque rápidas e, acima de tudo, eficazes. Na frente de ataque insular, Baba e Djalma foram duas setas apontadas à baliza de Júlio César, pelo que o primeiro golo surgiu com naturalidade. Jaime Pacheco procurou inverter o rumo dos acontecimentos alargando o contigente ofensivo, mas o Belenenses só mostrou bom futebol durante o quarto de hora inicial da etapa complementar, período em que criou sucessivas oportunidades para igualar a contenda. Ao desperdício azul, os visitantes responderam com objectividade. O Belenenses acusou o toque do segundo golo e esboçou apenas uma ténue reacção. Até ao apito final, ainda houve tempo para alguns "olés" entoados pelos adeptos maritimistas, que não vêem a sua formação perder há oito jogos para o campeonato, pelo que o terceiro lugar traduz bem o ascendente actual da turma de Lori Sandri.
"Marítimo teve serenidade para gerir"
Jaime Pacheco, técnico do Belenenses, queixou-se da "falta de sorte", mas deu mérito ao adversário. "Não encaixámos bem no esquema do adversário. Na primeira parte, o Marítimo foi superior no meio-campo e aproveitou bem a velocidade dos avançados. O Marítimo saiu a vencer ao intervalo com justiça", afirmou o técnico dos azuis, para quem a sua equipa "foi mais dominadora" no segundo tempo, mas "infeliz na finalização". "Em vantagem, o Marítimo teve serenidade para gerir o jogo", concluiu.
"Não há que desanimar"
O capitão Silas afirmou que a derrota "não se deveu à falta de atitude" da equipa. "Lutámos, corremos e tentámos dar a volta ao resultado mas não conseguimos. Faltou-nos sorte. Na primeira parte não jogámos bem mas na segunda reagimos bem e tivemos ocasiões claras para marcar. Não há que desanimar, pois ainda faltam muitos jogos", disse.
Júnior estreou-se a perder
André Almeida, que ontem se estreou pelo Belenenses, estava insatisfeito. "Preferia não me ter estreado e o Belenenses ter ganho", afirmou o jogador no final do encontro, acreditando, no entanto, num regresso da equipa aos triunfos. "Temos de continuar a trabalhar. As vitórias vão acabar por aparecer", rematou.

Direito levou a melhor na jornada das baixas
A luta constante entre as equipas mais fortes tem animado o Nacional de Honram e isso viu-se ontem no Restelo, onde o Direito brilhou e tirou o comando aos azuis, que nem o ponto de bónus conseguiram conquistar na jornada que se cumpriu, desfalcada dos internacionais portugueses.
O jogo do Restelo foi um dos marcados pelas inúmeras baixas de ambas as partes, tendo o Belenenses sentido mais fortemente a ausência dos titulares da linha de três-quartos que estavam ao serviço da Selecção de sevens. É que os gémeos Diogo e David Mateus, mais João Mirra, foram determinantes no triunfo dos Lobos, mas deixaram o seu sector muito frágil no quinze do Restelo.
Houve uma boa luta de avançados, bastante equilibrada, mas não existiu despique idêntico entre as linhas atrasadas, onde os advogados - sem Vasco Uva, Adérito Esteves e Pedro Leal, também ausentes no Dubai - eram mais fortes. E por aí construíram a folgada e merecida vitória. Aliás, nem mesmo em desvantagem numérica - o juiz expulsou dois avançados de Monsanto e um de Belém - o Direito permitiu que o Belenenses transformasse em pontos a supremacia que chegou a exercer no bloco avançado

sábado, 29 de novembro de 2008

Belenenses-Marítimo: em busca do salto que falta (antevisão)


O Belenenses recebe o Marítimo, este sábado, e quando for dado o apito inicial, pelas 18h45, em campo estarão duas equipas com pontuações bem distintas no campeonato, mas Jaime Pacheco irá estar confortável, nunca casa que o acolheu bem desde o primeiro jogo.

Casimiro Mior e Lori Sandri foram os treinadores mais contestados pelos resultados do início do campeonato. O brasileiro do Belenenses não se aguentou no clube e foi substituído por Pacheco, na 6ª jornada. O técnico brasileiro do Marítimo ultrapassou o mau início de época e a contestação deu lugar a aplausos: a equipa ocupa o quinto lugar da classificação com 15 pontos.

O Marítimo irá jogar de forma confortável e moralizado por uma sequência positiva de resultados que o colocam à frente de F.C. Porto na tabela, mas o técnico dos insulares mostra-se cauteloso e não encara com facilitismos a deslocação ao Restelo, apesar do adversário ter apenas 7 pontos e dividir o antepenúltimo lugar da classificação com o Rio Ave.

No último jogo o Belenenses perdeu no Bonfim (2-0), mas se olharmos para os números verificamos que nos dois jogos em que Pacheco se sentou no banco de suplentes do Estádio do Restelo pontuou: 1-1 com V. Guimarães e 1-0 com Académica. O técnico foi feliz nos jogos em casa e acredita que na recepção a um candidato europeu irá continuar a pontuar. Mas, Jaime Pacheco já olhou bem para o percurso do Marítimo e deseja ver a sua equipa «dar o salto» que os insulares já conseguiram na classificação. Por isso, só a vitória interessa ao Belenenses.

Pacheco fez três alterações na lista de convocados e não terá à disposição Gabriel Gomez, que irá cumprir castigo. Por este facto terá de fazer mexidas na equipa. Já o Marítimo repetiu a convocatória e também deverá voltar a colocar em campo o onze que garantiu o empate caseiro com o Sp. Braga (0-0), na ronda anterior, apesar das queixas apresentadas por Miguelito.

Equipas prováveis:
Belenenses: Júlio César, Cândido Costa, Carciano, Alex Von Schewedler, China, Maykon, Mano, Zé Pedro, Silas, Vinicius Pacheco e Roncatto.
Outros convocados: Assis, Rodrigo Arroz, André Almeida, Sérgio Organista, Wender, Marcelo e João Paulo.

Marítimo: Marcos, Paulo Jorge, João Guilherme, Fernando Cardozo, Van der Linden, Olberdam, Bruno, Miguelito, Marcinho, Djalma e Baba.
Outros convocados: Grassi, Briguel, Luis Olim, João Luiz, Vítor Júnior, Manú e Bruno Fogaça.
Jaime Pacheco exige pitons de alumínio

Com previsão de chuva para o final da tarde de hoje, o treinador do Belenenses quer que os seus jogadores usem botas que se adequem ao estado do relvado. Farto de ver os seus jogadores a jogarem com pitons de borracha sem necessidade, Jaime Pacheco quer maior combatividade da equipa e para isso ordenou que se passasse a usar pitons de alumínio. "Quem não tiver condição de o fazer, não joga. Os jogadores sentem-se mais seguros, mais fortes. Até o sentimento da equipa adversária é diferente. Eu sentia isso quando jogava", afirmou.

Tanto Jaime Pacheco como o treinador maritimista, Lori Sandri, só pensam nos três pontos, mas o técnico dos azuis exige mais. "O que conta para nós é ganhar. Temos de apresentar argumentos e atitude para ganhar. Quero que eles saiam do jogo com a consciência de que deram tudo e fizeram tudo, como aconteceu com o Guimarães, o Estrela e a Académica. Com uma atitude mais forte, as coisas acontecem naturalmente", asseverou Pacheco, privado do médio defensivo Gómez (castigo), devendo Mano ser adaptado ao lugar.

Já Lori Sandri destaca que "o Belenenses não atravessa um bom momento", mas diz que se a sua equipa jogar "com inteligência", poderá "retirar algum proveito desse facto". "Mas o treinador deles, o Jaime Pacheco, fez uma chamada de atenção aos seus atletas. Veremos como vão reagir", disse, fazendo referência ao discurso de Pacheco após a derrota (2-0) em Setúbal, na segunda-feira.

Seja qual for o resultado, a noite de hoje vai ser especial para um jogador. André Almeida, júnior do Belenenses que nas últimas semanas se tem integrado nos treinos da equipa, foi convocado e poderá estrear-se na Liga aos 18 anos, depois de duas épocas nos escalões de base.

Miguelito é a única dúvida devido a entorse no joelho

Segundo o departamento clínico do Marítimo, Miguelito é a única preocupação de todo o plantel insular. O esquerdino está a contas com uma entorse no joelho, mas deverá ser recuperável para o jogo de hoje. Caso não esteja em condições, Lori Sandri deverá chamar Vítor Júnior à titularidade. A convocatória para hoje é semelhante à da semana transacta, incluindo apenas 18 elementos. Fernando, Lelo e Marcelo continuam de fora devido a problemas físicos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


BELENENSES OBSERVA BODÃO


Contratado no início da temporada pelo Nogueirense, formação que milita na série A da II divisão nacional, as exibições de Alex Bodão neste início de campeonato não passaram despercebidas aos responsáveis do Belenenses. O pivot brasileiro esteve a treinar às ordens de Alípio Matos nos treinos de ontem e anteontem para um possível ingresso no conjunto dos azuis do Restelo.

“O Alex é um jogador que tem vindo a ser observado e que nos deixou boas indicações com perspectivas de futuro”, esclareceu Nuno Lopes sobre a situação de jogador. Questionado sobre se o futuro do brasileiro passaria pelo Restelo, o dirigente do Belenenses disse apenas que “depende de muita coisa”…
Alex Bodão está de regresso a Viana do Castelo para voltar aos treinos junto dos seus companheiros.

Belenenses: Pacheco chama Organista, André Almeida e Marcelo

Sérgio Organista, André Almeida e Marcelo são as novidades na lista de convocados do Belenenses que este sábado recebe o Marítimo no Estádio do Restelo em jogo da 10ª jornada da Liga.
Uma lista que foi divulgada depois do treino matinal e que conta com três saídas em relação à derrota com o V. Setúbal na última ronda: Gabriel Gómez vai cumprir um jogo de castigo, enquanto Baiano e Porta ficaram de fora por opção técnica

Lista de convocados

Guarda-Redes: Júlio César e Assis. Defesas: Cândido Costa, Alex, Carciano, Rodrigo Arroz e China.

Médios: Mano, André Almeida, Sérgio Organista, José Pedro, Silas, Maykon e Vinícius Pacheco. Avançados: Wender, Roncatto, Marcelo e João Paulo.
Negão e Vanderlei rescindiram
CISÃO POR MÚTUO ACORDO COM A SAD

Júnior Negão e Vanderlei, que tinham contratos de 2 e 3 anos, respectivamente, rescindiram ontem, por comum acordo com a SAD.

O anúncio das rescisões foi divulgado no site do clube, através de um comunicado. Segundo o documento, a revogação destes dois contratos permite aos azuis uma “significativa redução orçamental futura”.

Entretanto, a SAD azul continua em negociações com os jogadores Evandro Paulista, Edimilson e Alício Julião, no sentido de estes rescindirem os respectivos contratos.

Júlio César quer vencer amigo Marcos
JOGOU COM O IRMÃO DARCI E O "INSULAR" NO PARANÁ

O guarda-redes Júlio César reencontra no jogo de amanhã o amigo Marcos. O titular da baliza do Restelo foi companheiro de equipa de Marcos no Paraná. A história remonta há cinco anos: Marcos era o titular da baliza do Paraná e o suplente era Darci, irmão de Júlio César. O guardião azul, então com 17 anos, era a terceira opção.

A amizade entre os três vem dessa altura, mas o guardião belenense garante que amanhã, durante o jogo, cada um vai querer vencer. “No jogo com o Marítimo vou rever o meu amigo Marcos. Estivemos juntos no Paraná. Ele era titular, o meu irmão Darci era suplente e eu o terceiro guarda-redes. É um grande amigo, mas sábado [amanhã] cada um vai querer vencer. O Marítimo é uma boa equipa, mas a melhor resposta à derrota em Setúbal será um triunfo”.

Júlio César admite que as palavras de Jaime Pacheco no final do encontro de Setúbal foram normais: “O futebol é assim. Quando se ganha está tudo bem, mas quando se perde as coisas são diferentes. A verdade é que não jogámos bem. Esta semana temos estado a trabalhar para melhorar e vencer o Marítimo. Relativamente ao jogo, gostava de pedir um maior apoio dos adeptos. Temos de dar a volta e colocar o clube no lugar que merece, isto é, a lutar pela UEFA.”

Hugo Figueira: «Vamos melhorar»
GUARDA-REDES DIZ QUE PORTUGAL TRABALHA DEFESA

O guardião Hugo Figueira, com 14 defesas, teve um papel preponderante na vitória (33-31) de Portugal frente à Letónia, designadamente quando na 2.ª parte defendeu um livre de 7 metros e depois opôs-se com êxito a 2 tiros de 6 metros, que seguraram uma vantagem preciosa na estreia das quinas no Grupo 6 de qualificação para o Europeu da Áustria de 2010.

Sabíamos que a partida ia ser complicada, porque o adversário tem uma boa 1.ª linha, que joga muito bem na ligação ao pivot e ponta-esquerda. Entrámos com alguma ansiedade, mas corrigimos e passámos a ser dominadores nos últimos minutos da 1.ª parte. Vamos melhorar, especialmente no sector defensivo, pois estamos a trabalhar para resolver o problema”, considerou o guarda-redes do Belenenses, confiante para o próximo duelo, frente ao mesmo adversário, que se realiza no domingo em Riga.

Figueira, que apresentou uma eficácia de 31%, diz que Portugal tem de sofrer menos golos, mas que, de resto, “a equipa está bem, com os mais jovens a demonstrarem uma boa integração, num conjunto que apresenta boa forma física, apesar do elevado ritmo da partida”.

Quanto às expectativas de apuramento, o guardião diz que vai ser difícil: “Trata-se de um grupo forte, mas o nosso objectivo é estar na Áustria. Vamos trabalhar jogo a jogo para superar os adversários.”
Restelo é palco de duelo antigo

Sábado depois do pôr do Sol (18h45) vão defrontar-se no relvado do Estádio do Restelo dos velhos conhecidos: Júlio César e o maritimista Marcos. A amizade destes dois guarda-redes brasileiros dura há muito e já vem desde os tempos do Paraná, 2002 e 2003, altura em que ambos alinhavam na mesma equipa e dividiam os treinos com o irmão de Júlio César: Darci. "Nessa altura eu tinha 17 anos e era o terceiro guarda-redes do Paraná. Trabalhei com o Marcos, mas não muito tempo. Quem trabalhou mais tempo com ele foi o meu irmão [Darci]", revelou Júlio César, recordando tempos passados. "Ele chegou a frequentar a minha casa e é uma pessoa que respeito. Mas sábado cada um vai fazer o seu melhor e o Belenenses quer vencer", advertiu.

Segundo o guardião, as palavras do técnico Jaime Pacheco depois da derrota com o Setúbal, referindo que caso a atitude da equipa se mantivesse apática [como aconteceu no jogo] teria de assegurar reforços em Janeiro, servem de alerta. "Como treinador deve fazer o trabalho dele. Mas essa situação está superada e todo o grupo está a trabalhar para sábado dar o seu melhor.

Vanderlei e Júnior Negão já rescindiram contrato

O Belenenses anunciou ontem a formalização da rescisão dos contratos do central Vanderlei e do avançado Júnior Negão, desfecho que O JOGO noticiou oportunamente. Segundo o sítio oficial na Internet dos azuis, a revogação dos vínculos contratuais dos jogadores consubstancia "uma significativa redução orçamental futura", uma vez que Negão tinha assinado por dois anos e Vanderlei por três. Nos próximos dias, desfecho idêntico deverá verificar-se em relação a mais dois dispensados do plantel de Jaime Pacheco, Alício Julião e Evandro Paulista. Um pouco mais complicado está o desenlace com o médio Edimilson, uma vez que têm existido algumas dificuldades no contacto com o seu representante

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Taça EHF - 1/8 Final

O sorteio dos 1/8 finais da Taça EHF em Andebol no aspecto desportivo não foi nada favorável às pretensões azuis.
O CAI BM Aragon ocupa actualmente a 8ª posição da principal Liga de Espanha (Asobal) e conta no seu plantel com 7 jogadores estrangeiros, entre eles há salientar a presença do egípcio Zaki (179 pela equipa do seu país e melhor marcador do Mundial realizado em Lisboa), do guarda-redes francês Ploquin (96), Vatne (66 jogos pela selecção da Noruega) e do sueco Arrhenius (105 internacionalizações), o que diz bem do valor desta equipa.

Pode e deve a secção começar desde já a planear para que o jogo da 1ª mão a disputar no Acácio Rosa, seja mais uma jornada de fervor clubistico e de apoio dos sócios à modalidade, mas também poderá começar a trabalhar para que tenhamos o Acácio Rosa cheio, pois não é todos os dias que uma equipa deste gabarito no visita.

Sendo o CFB um clube eclético deverão os actuais responsáveis pelos destino do clube tentar junto da SportTv para que o encontro respeitante à 18ª Jornada da Liga Sagres (Belenenses-Sporting) se realiza no mesmo dia e de forma a que os sócios possam estar nos 2 eventos a apoiar as equipas.

À secção sugerimos que convide as escolas da área de influência do clube para assistirem a este encontro bem como todos os atletas da formação das diversas modalidades.

Aos atletas nada pediremos pois sabemos que mais uma vez não regatearão esforços para que o nome do clube seja projectado ao mais alto nível independentemente de qual seja o resultado final da eliminatória.

Nós acreditamos!!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

V.Setúbal-Belenenses, 2-0

Daúto Faquirá respira melhor. O Vitória de Setúbal regressou às vitórias. A equipa sadina continua a revelar alguns problemas ofensivos, mas conquistou três pontos frente ao Belenenses (2-0). Anderson e Elias marcaram os golos da equipa setubalense.

O Belenenses surgia no Bonfim moralizado com o primeiro triunfo da época, alcançado na recepção à Académica, mas foi o Vitória de Setúbal que entrou em campo mais forte, a tentar desfazer-se do peso de quatro derrotas consecutivas.

Daúto Faquirá apostou em Bruno Gama e Laionel para a frente de ataque. O jovem internacional português protagonizou a primeira grande oportunidade de perigo do jogo, ao acertar na trave da baliza de Júlio César, quando estavam cumpridos 17 minutos.

Ainda assim a equipa sadina voltou a mostrar problemas no ataque, não só na concretização, mas também na construção de jogadas de perigo. Mateus e Leandro Lima continuam sem conseguir conciliar os seus talentos. Confirmados os problemas, teve de ser um defesa, e ainda de bola parada, a quebrar um jejum de golos que durava há 429 minutos. Anderson cobrou um livre de pé esquerdo, a bola passou rente a várias cabeças mas acabou por não sofrer nenhum desvio, enganando Júlio César.

O Belenenses era penalizado pela postura demasiado passiva que apresentou na primeira parte. Só Gabriel Gomez e Zé Pedro, de livre, criaram perigo, mas falharam o alvo.

Pacheco arriscou tudo o que tinha, mas nada ganhou

Ao intervalo Jaime Pacheco abdicou de Cândido Costa e lançou João Paulo Oliveira. Mano passou para lateral direito e a equipa do Restelo passou a apresentar-se em 4x3x3, mas na parte inicial do segundo tempo o domínio continuou a pertencer à equipa da casa. Os livres de Anderson continuavam a ser o principal foco de perigo. Foi na sequência de um desses lances que Ricardo Chaves, aos 55 minutos, atirou ligeiramente ao lado, de cabeça.

Pouco depois o árbitro Duarte Gomes perdoou o segundo cartão amarelo a Gabriel Gomez e Jaime Pacheco aproveitou para tirar o panamiamo, rendido por Maykon. Pacheco alargava ainda mais a frente de ataque, Faquirá respondia com Elias no lugar de Mateus, para reforçar o meio-campo. A dez minutos do final Jaime Pacheco ainda abdicou do central Alex von Schwedler e lançou Porta, mas o Belenenses não conseguiu chegar ao empate. Maykon dispôs de um livre directo já bem perto do fim, mas atirou contra a barreira.

Acabaria por ser o Vitória a sentenciar o encontro, com um segundo golo marcado já em período de descontos. Silas tentou resolver um contra-ataque mas deu pouca força ao atraso para Júlio César e acabou por isolar Elias, que não falhou.

Destaques

Anderson mostrou aos avançados como se faz O Vitória de Setúbal não marcava um golo há quatro jogos. 429 minutos de jejum, que foram saciados pelo livre directo do central brasileiro. Manteve a titularidade ao lado de Robson, mesmo com Auri de volta (ficou no banco), e não desiludiu. Em termos defensivos esteve certinho, e através dos lances de bola parada criou sempre muitas dificuldades à defesa adversária.

Bruno Gama a lutar contra o sistema O sistema utilizado por Daúto Faquirá (4x4x2 em losango) continua a não beneficiar as suas características, mas ainda assim Bruno Gama continua a lutar contra isso, com qualidade técnica, dinamismo e entrega. Aos 17 minutos encheu o pé direito, à entrada da área, e só não gritou golo porque a bola embateu com estrondo na trave.

Tanto «azul» amarelado Aos 36 minutos já quase toda a defesa do Belenenses (trinco incluído), já tinha visto cartão amarelo. Primeiro foi Carciano, depois Alex, a seguir Cândido Costa e por fim Gabriel Gomez, a quem foi perdoada a expulsão na segunda parte. Faltava China, que foi admoestado já bem perto do fim. Não se pode dizer que todos estes cartões tenham influenciado o resultado, mas por certo condicionaram a exibição do sector mais recuado da equipa do Restelo.

Daúto vê V. Setúbal «pronto para a guerra», Pacheco contra arbitragens

Daúto Faquirá, treinador do V. Setúbal, depois da vitória sobre o Belenenses (2-0), em declarações no «flash interview» da SportTV:

«Nós não fugimos às questões, temos noção da importância do jogo, vínhamos de um conjunto de jogos sem ganhar e era importante fazer aqui pontos. Se possível, como foi, aliando ao resultado uma exibição convincente.»

«A equipa esteve bem e em termos de constância foi a vez que tivemos os 90 minutos mais consistentes. Os jogadores estiveram muito bem.»

(Vem aí um ciclo difícil) «Ainda nem saboreámos esta vitória, vamos primeiro saboreá-la. Mas estamos conscientes do que são as nossas capacidades, prontos para a guerra, para as batalhas que vamos ter.»

«Sabemos que ainda vamos passar por dificuldades, mas agora quero destacar a vitória e todo o grupo, bem como a direcção, que nos tem apoiado, e toda a gente ligada ao clube.

(Sentiu sempre apoio da direcção?) «Sim, nem se coloca a questão. Quando me contrataram sabiam do que eu era capaz. Se em algum momento não sentisse esse apoio, saía. Falou-se muito de eventuais questões internas, mas isso não se passa. Estamos todos em sintonia e esta vitória foi importante para cimentar o espírito de grupo.»

Jaime Pacheco, treinador do Belenenses

«Quando as coisas não funcionam como pretendemos, tenho que assumir todos os erros que a equipa comete. Mas há coisas que temos que ver entre nós, em família.

«Tivemos 45 minutos muito maus. Na segunda parte já tivemos outra postura. Foi pena que não tivéssemos a felicidade e fazer golo.»

«Acho que há excesso de zelo das arbitragens do Belenenses. Com o V. Gimarães, temos 3 ou 4 situações de fora-de-jogo, em que se equivocaram. Com o E. Amadora, foi expulso um jogador, equivocaram-se. Hoje vimos cartões amarelos com critério totalmente desigual. Os jogadores não fizeram nada para ver aqueles cartões. É uma marcação excesso de zelo ou perseguição aos jogadores do Belenenses que não é justa.»

China (Belenenses): «V. Setúbal aproveitou os nossos erros»

China, jogador do Belenenses, após a derrota frente ao V. Setúbal
Sobre o regresso ao onze:


«Certamente não foi o regresso mais feliz. Procurámos vir aqui buscar a vitória, mas o V. Setúbal aproveitou os nossos erros e nós não conseguimos aproveitar as oportunidades.»
«O Marítimo é o próximo jogo e queremos mostrar uma imagem diferente. Esperamos também que a sorte venha para o nosso lado. Vamos procurar somar três pontos e dar uma alegria aos nossos adeptos.»

domingo, 23 de novembro de 2008

Roncatto prefere 4x3x3 de Pacheco


A primeira vitória na Liga Sagres, obtida na última ronda, ante a Académica, no Restelo, foi como um balão de oxigénio para o plantel do Belenenses. O avançado Evandro Roncatto, uma das figuras de destaque deste Belenenses de Jaime Pacheco, dá voz ao novo ar que se respira no balneário azul: confiança e tranquilidade.

"A vitória no último jogo deu-nos uma motivação extra. Estávamos a passar um momento difícil, mas felizmente conseguimos a primeira vitória na Liga. No entanto, é preciso ter tranquilidade e não estarmos ansiosos", atenta o camisola 21 dos azuis. De resto, Roncatto teve de encarar com alguma paciência o início de temporada, então sob orientação do anterior técnico, Casemiro Mior, que nem sempre elegeu o avançado brasileiro como uma das suas primeiras opções. "Tive problemas físicos no início da época, fiquei algum tempo parado e não tive muitas oportunidades para jogar", confessa.

A chegada do novo técnico, Jaime Pacheco, renovou, assim, as esperanças a Roncatto, que tem sido sempre titular com o antigo treinador do Boavista, utilizado preferencialmente como o ponta-de-lança de referência de um novo sistema táctico, o 4x3x3, em detrimento do 4x4x2 utilizado por Mior. "O Jaime Pacheco é um novo treinador, está a conhecer bem os jogadores do plantel e todos estão a fazer o seu trabalho e a dar o seu melhor. Estamos todos a dar uma grande dor de cabeça para o técnico. O 4x3x3 é um bom sistema, mais ofensivo. A equipa está melhor assim. Agora, é preciso acertar nos detalhes para que possamos voltar a ser o Belenenses que fomos nos anos anteriores", garante o avançado.

Para o embate ante o Setúbal, Roncatto perspectiva um jogo equilibrado, mas o objectivo, esse, é a conquista dos três pontos, cruciais para o Belenenses subir na classificação, como é seu desejo. "Queremos sair dos últimos lugares. Temos objectivos mais elevados para alcançar", afirma.

"Quero mais golos"

Roncatto marcou o seu único golo esta época para a Taça de Portugal, frente à Naval. No entanto, em seis jogos na Liga, Roncatto ainda não atirou a contar, facto que, contudo, não o atemoriza. "Quero mais golos, mas como avançado não posso ficar ansioso", garante.
Rescisões a caminho
ALÍCIO JULIÃO E EVANDRO PAULISTA PRÓXIMOS DO ACORDO

Alício Julião e Evandro Paulista estão próximos de chegar a acordo com o Belenenses para a rescisão dos respectivos contratos. O médio-defensivo e o avançado aguardam apenas o regresso do Brasil de Costa Aguiar, representante de ambos, para oficializarem a rescisão, algo que pode acontecer amanhã à tarde. Tal como Record noticiou ontem, Júnior Negão já chegou a acordo e também vai consumar a desvinculação amanhã. O assessor da SAD, João Freitas, fica assim apenas com dois casos por resolver entre os cinco dispensados: Vanderlei e Edmilson, sendo este último o mais complexo.

China recupera lugar e "empurra" Mano

JOVEM APOSTA DE PACHECO VOLTA AO MEIO-CAMPO

Jaime Pacheco tem muito por onde escolher com vista à deslocação a Setúbal, já que tem todo o plantel às ordens. Contudo, em equipa que ganha não se mexe, pelo que o técnico deve manter a estrutura do onze que venceu (1-0) a Académica. A única alteração em perspectiva é o regresso de China à lateral-esquerda, “empurrando” Mano para o meio-campo.

O internacional Sub-19 tem sido aposta firme do técnico – “desde que mantenha esta atitude, o Mano joga sempre comigo”, afirmou Jaime Pacheco no final do jogo com a Briosa –, rubricou uma excelente exibição no flanco esquerdo da defesa e tudo aponta para que mantenha a titularidade, mas como médio interior-direito no 4x3x3 habitual.

Ora, isso implicará a ida de alguém para o banco. Júlio César, Cândido Costa, Alex, Carciano, Gómez, Zé Pedro, Silas e Roncatto parecem intocáveis, pelo que o sacrificado deve sair da dupla Wender/Vinícius. O primeiro tem sido indiscutível desde o início da época, o que faz pender a balança para o segundo. Só que foi o camisola 26 a fazer o golo da única vitória de Pacheco na Liga.

Jaime Pacheco responde aos leitores de Record Internet


«As coisas estão a funcionar melhor do que pensava»

Depois de ter sido campeão no Boavista e ter ido para Espanha, tudo parecia indicar que iria fazer uma grande carreira internacional. O que lhe faltou para o conseguir?
Pedro Afonso, Ovar
A primeira razão foi ter entrado num clube que não era dos maiores de Espanha. Apesar de ter ganho a Copa do Rei nesse ano, lutava apenas para não descer. E depois sucedeu outra coisa que muitas pessoas desconhecem: um mês depois de chegar, a empresa que me contratou vendeu o clube ao senhor Cursach, que também tomou conta do Beira Mar. Aí, fez-me o mesmo que fez ao Carvalhal. Destituiu-me, independentemente dos resultados. Além disso, o Maiorca manteve a mesma defesa, que tinha sido a mais batida na época anterior, mas perdeu a espinha dorsal do meio-campo para a frente. Entre outros, perdemos o Pandiani, melhor marcador da equipa, para o Corunha. Por fim, nada tive a ver com os reforços que chegaram. Quis contratar o Maciel, o Martelinho, o Luís Loureiro e o Pepe, então no Marítimo. Não contrataram nenhum e foram buscar reservas ao Atlético de Madrid. Fiquei muito fragilizado e acabei por ser substituído pelo Aragonés, a quem deram 7 jogadores na reabertura do mercado e mesmo assim só se salvou da descida mesmo à justa.

Depois de tantos anos no Norte, como se sente a treinar um clube de Lisboa?
David Silva, Vila Franca de Xira
Muito bem. Vir para o Sul não é novidade para mim porque joguei 2 anos no V. Setúbal, 2 no Sporting e muitos outros na Selecção. Portanto, sou um treinador do País e não de uma região. Não sou regionalista, mas nacionalista! Tudo gira em função do nosso bem-estar, o que depende da forma como nos recebem. E garanto que fui muito bem recebido em Setúbal, em Alvalade e agora no Belenenses. Ao contrário do que dizem, no Sul sabem receber tão bem como no Norte. As coisas estão a funcionar melhor do que pensava porque consegui criar empatia com toda a gente num curto espaço de tempo. Sinto-me muito bem em Lisboa!

Sente que é uma lacuna na sua carreira ainda não ter treinado um grande ou vê-se “apenas” como um grande treinador dos “pequeninos”?
Carlos Sousa, Funchal
Na altura em que fui campeão, e mesmo antes de o ser, tive a oportunidade de treinar grandes. Só que acredito nas coisas, nas pessoas e nos valores. Eu tinha um compromisso com o Boavista e o clube entendeu que não devia sair. Eventualmente, podia ter evocado alguns pretextos para abraçar outros projectos com outras ambições. Não me preocupei com o mais importante para muitas pessoas, o dinheiro. É verdade que após essas possibilidades de ir para vários clubes grandes em Portugal nunca mais tive outra. Não sou de falar muito pois sou bastante discreto. Basta ver que fui campeão, fiz duas vezes 2.º, andei na Europa e poucas entrevistas dei. A minha forma de ser é assim… Orgulho-me do meu currículo pois trabalhei quase sempre em equipas em situação difícil, com muitos sucessos, e quando me deram um orçamento igual aos outros fui campeão!

Espera regressar um dia ao Boavista?
Carlos Sousa, Funchal
Ainda há 15 dias pensei que pudesse regressar ao Bessa caso o sorteio ditasse um Boavista-Belenenses para a Taça. Só nesses termos. Não quero fazer futurismo em relação ao Boavista. Tenho um passado ao qual me orgulho de pertencer, nunca mais o esquecerei, mas vivo o presente, que é outro.

Acha que o futebol português terá um bom futuro?
André, Seixal
Penso que o futebol português caminhará lado a lado com o País. Se o País melhorar financeiramente, poderemos ter um futebol melhor. A nossa qualidade depende do dinheiro e já muito fazem os clubes portugueses, em função dos orçamentos que têm, porque lutam com outros bem mais poderosos, aos quais ganham muitas vezes. Basta ver os jogadores portugueses que estão em mercados emergentes como o Chipre e a Roménia, sem falar dos outros que estão nos países mais fortes como Espanha, Inglaterra ou Itália. Se conseguíssemos manter cá os melhores jogadores e voltar a trazer alguns craques do Brasil ou da Suécia, a qualidade melhoraria bastante.

Qual é a sensação e o sentimento de ter sido campeão sem ser ao serviço de um dos grandes?
Carlos Manuel, Pêro Pinheiro
A melhor do Mundo! Quando falo nisso, englobo sempre quem trabalhou comigo. Se há treinadores e pessoas que se sentem felizes, com toda a naturalidade, quando ficam em 4.º, 5.º ou 6.º, vão às competições europeias ou chegam à final da Taça de Portugal, imagine qual o meu sentimento por ter sido campeão. Viverá comigo para sempre porque é praticamente inédito, à excepção do Belenenses em 1945/46. Já agora, desafio qualquer treinador a ser campeão ou até a ficar em 2.º lugar numa equipa dessas.

Se tivesse a possibilidade de treinar Sporting, Benfica ou FC Porto, tendo o mesmo ordenado, qual dos três escolheria?
João Santos, Sintra
Olhe, vou revelar aqui algumas inconfidências. Em miúdo era do Benfica. Joguei num clube onde ganhei tudo, que foi o FC Porto. E o Sporting foi o clube que até à data, sem contar com o Belenenses e sem fazer qualquer crítica aos outros, onde fui melhor tratado. Portanto, deixo essa questão ao critério das pessoas.

Agora que já se passaram bastantes anos, pode contar-nos como é que aconteceu a sua passagem do FC Porto para o Sporting enquanto jogador?
Óscar Pinto, Algueirão
Se calhar o melhor exemplo é o Paulo Assunção. Se alguém tentar perceber porque razão ele foi embora, o meu caso deve ter sido idêntico. Era titular na Selecção e no FC Porto, mas nunca me valorizaram devidamente. Então, entendi que devia mudar. Se calhar, foi o que aconteceu ao Paulo Assunção e só depois é que ‘Ai, Nossa Senhora’.As suas equipas são tradicionalmente caracterizadas como guerreiras dentro de campo.

Quais os princípios que julga serem os mais importantes para os jogadores assimilarem a sua filosofia?
Vítor Mendes, Vieira do Minho
Há questões que são praticadas nas minhas equipas como em todas as outras pelo Mundo fora. As jogadas de laboratório, os princípios e a organização de jogo, as minhas equipas têm tudo o que as outras têm. Poderá ter um acréscimo que é jogar à minha imagem, deixando tudo em campo, todos os dias, seja nos jogos como nos treinos. Têm de trabalhar sempre ao máximo, com dignidade e lealdade. Isso exige muito de mim todos os dias! Se fosse para o campo de braços cruzados e com um saco de livros debaixo do braço, talvez criasse outra imagem para as pessoas, mas a minha equipa não funcionaria como gosto e isso para mim é o mais importante.

Não considera que o número de estrangeiros que integram o quadro da equipa principal é exagerado?
João Filipe, Salvaterra de Magos
Tenho de dar uma resposta menos concreta porque não fui eu que escolhi este plantel. Para mim, não há nacionalidades, mas sim bons e maus profissionais. Muitas vezes os jogadores portugueses também não têm os princípios que mais desejamos. Portanto, o que interessa é serem bons profissionais e o resto, como a nacionalidade, para mim é secundário.

Treinou o Boavista, o V. Guimarães e agora o Belenenses. Qual considera ser o quarto grande?
António Resende, Milão (Itália)
Muito honestamente, a resposta tem de ser dada pela História e não por mim. Penso que não tenho o direito de responder porque posso ferir susceptibilidades e ser suspeito. No ano passado podia dizer que era o Boavista porque estava lá e agora dizer que é o Belenenses porque estou aqui. Portanto, deixo a resposta para a História.

Dos atletas que já treinou, refira: o mais habilidoso, o que mais gozo lhe deu treinar e o que mais sentiu que se encaixava na imagem que tem de um jogador de futebol.
Rui Costa, Arcozelo
Se calhar, vou ser injusto para muitos. Mas, treinei o Timofte e tecnicamente era fabuloso! Por aquilo que conheci, o Vítor Paneira, Capucho, Zahovic, Sanchez… trabalhei com um naipe de jogadores tão dotados que é difícil dizer quem foi o melhor. É bem mais fácil mencionar aqueles que não prestavam e dos quais não gostava porque eram só meia dúzia. Ainda hoje recordo com saudade muitos jogadores com os quais era um gozo e uma felicidade trabalhar por serem profissionais de excelência. Aqueles que se lembrarem de mim com o mesmo carinho e saudade com que me lembro deles, eles sabem quem são, é deles que falo.

Acha que Casemiro Mior estava a fazer um mau trabalho?
José Gil, Castelo Branco
Não me compete a mim, até por uma questão de ética, estar a julgar o trabalho do meu antecessor. Já foram muitas as situações em que apanho o comboio em andamento e o que tenho a fazer é aproveitar o melhor que ele fez. O mais fácil para mim, agora, era fazer críticas para fragilizar a posição desse treinador. Jamais faria uma coisa dessas! Aliás, nunca o fiz e não era agora que ia começar.

Qual a melhor experiência que viveu em toda a sua carreira desportiva?
João Marques, Fafe
Há muitas alegrias. Uma das coisas que mais gostei foi ter sido jogador de futebol. Às vezes digo que jamais seria melhor agora porque dei sempre tudo que tinha todos os dias. Era só aquilo que fazia. Já tinha sido marceneiro, trabalhava de manhã à noite, e não usufruía do mesmo prazer e satisfação do que quando fui jogador. Tenho 50 anos e, se a minha família não dependesse daquilo que faço, se calhar largava tudo e ia jogar para os amadores! Fui campeão do Mundo, campeão português, estive num Europeu, num Mundial. Estou ligado a muitos êxitos do futebol português e guardarei esses momentos para sempre.

«Tenho a ambição de ser seleccionador nacional»

Qual o seu maior sonho que espera poder realizar-se enquanto treinador?
Nuno Silva, Porto
Há muitas questões que me são colocadas e às quais não posso responder concretamente porque a sociedade não permite que as pessoas falem a verdade. É óbvio que a minha prioridade agora é conseguir ganhar o próximo jogo para fazer uma óptima campanha no Belenenses e poder continuar aqui. Quero deixar isto bem frisado: a minha missão não é fazer um bom resultado para depois ir para um clube grande. Não, eu já estou num clube grande!

Quem foi para si o melhor jogador do Mundo de todos os tempos?
Daniel Pires, Setúbal
Às vezes leio muita gente a fazer a equipa ideal e não acho muito justo porque bastantes pessoas constroem as equipas sem nunca terem visto os jogadores jogar. Está mal. Eu vi o Eusébio jogar, vi o Pelé jogar ainda era eu miúdo, vi o Beckenbauer, o Cruijff, enfim, os melhores. Gostei muito de colegas da minha geração como, por exemplo, Futre, Chalana, Jordão, Gomes, Manuel Fernandes e outros. Mas, o melhor de todos, para mim, foi o Maradona.

Qual é a equipa a praticar actualmente melhor futebol na Liga Sagres?
Márcio Freitas, França
Temos por hábito dizer que esta ou aquela equipa joga bem quando ganha. Por exemplo, o caso do Leixões. Toda a gente diz que joga muito bem, mas se não estivesse a ganhar ninguém falava deles. Para mim, a melhor equipa a jogar futebol é o Arsenal e não ganha nada. Dificilmente consegue vencer algo pela forma como joga. Há maneiras de jogar menos vistosas, mas bem mais eficazes. Em Portugal, é muito cíclico, é jornada a jornada, é o momento. Basta ver que o FC Porto estava numa crise acentuada e, porque ganhou no último minuto em Kiev e nos penáltis ao Sporting, tudo se alterou. Este ano não há uma equipa que jogue melhor em Portugal.

Qual foi a decisão mais difícil que tomou como treinador de futebol?
Diogo, Porto
Muito honestamente, a decisão mais difícil e delicada é sempre dispensar jogadores, por uma questão humana, sentimental e até de sobrevivência. É a coisa que mais me custa. Faço-o, dou sempre a cara, falo, mesmo em situações em que por várias razões não seja a pessoa mais indicada para o fazer. É óbvio que em alguns casos também não custa nada dado os antecedentes. Às vezes, até dá gosto e prazer…

Pensa vir a ser sócio do Belenenses?
Carlos Faísca, Lisboa
Já sou.

O que acha que faltou ao Zé Pedro para, há uns anos, não vingar no Boavista?Carlos Rodrigues, Barreiro
É tão fácil quanto isto: o Deco não brilhou logo no Benfica, há um percurso. Por exemplo, jogava no Rebordosa e fui para o Aliados de Lordelo, na 3.ª Divisão. Era considerado um dos melhores jogadores da equipa, fui treinar à experiência no FC Porto e fiquei, passando a ser um jogador secundário. Eram tantos e tão bons que fiz um caminho progressivo. O Zé Pedro vinha de uma 2.ª Divisão B e, se calhar, o DVD dele correu os treinadores todos e só eu é que o contratei. Na altura, o Boavista estava em alta e ele precisava de um período de adaptação. Por uma questão de evolução mais rápida, entendi que era melhor para ele competir. A partir daí, foi jogando e evoluiu naturalmente. Depois, pediu para ser cedido ao V. Setúbal e no final da época suplicou-me para sair do Boavista por motivos familiares. Tentei demovê-lo, mas, contra a minha própria vontade pois contava com ele, decidi deixá-lo sair por uma questão humana, com o Boavista a conseguir ganhar algum dinheiro.

Que sentimentos guarda em relação ao seu colega de profissão José Mourinho: inveja, orgulho no trabalho que ele tem realizado ou mantém rancor no âmbito das quezílias que mantiveram?
Paulo Cardoso, Angra do Heroísmo
Não tenho nem inveja, nem rancor, nem sou prepotente. Se me ferirem ou magoarem, geralmente nem ligo muito. Agora, não admito que o façam a nível humano. O Paulo Cardoso deve ser, e tem motivos para isso, um fã incondicional do José Mourinho, mas eu sou ainda mais fã incondicional dos meus valores e princípios, os quais a sociedade deixou de enaltecer. Além disso, não tenho motivos para ter inveja de ninguém. Basta ver o meu currículo como jogador e treinador…

Gostava de treinar a selecção nacional?
Nélson, Odivelas
Gostava. Nos tempos áureos, quando se chegou a falar do meu nome em algumas sondagens sobre o assunto, sentia que ainda não estava preparado, nem tinha idade para isso. Por uma questão de timing, não me devo pronunciar, mas naturalmente que também sonho e tenho a ambição de ser seleccionador nacional. É o facto máximo a que qualquer treinador pode ambicionar.

Espera levar este Belenenses até onde?
Nuno Sousa, Sines
Tenho muitas ambições, mas têm algum limite que passa sempre por ganhar o jogo que se segue e conseguir a melhor classificação possível este ano. Vou procurar que o clube crie a estabilidade necessária para poder fazer uma 2.ª volta melhor. Há que criar uma solidez que permita aos adeptos confiarem em nós e já está a existir uma enorme empatia. Queremos fazer uma classificação honrosa que no final nos permita dizer que chegámos ao máximo das nossas capacidades e que não era possível ter ido mais longe.

Sente-se injustiçado por nunca ter sido convidado para treinar um grande português?
Ricardo Eugénio, Maia
Eu já fui convidado. Só não digo por quem porque ainda estou em actividade.

Acha que o Liedson é o avançado que falta a Portugal? Ainda o considera um artista?
Fábio Felizardo, Fogueteiro
As pessoas, muitas vezes, não entendem nem percebem o sentido das nossas declarações. Nos dias que antecedem o jogo, fazemos algumas declarações para criar instabilidade e fragilizar o adversário. Às vezes, não é o que sentimos, queremos é criar algum impacte para fazer mossa e criar uma fricção negativa nos adversários. Só quem não anda e não percebe o que é o futebol é que não gosta de um jogador como o Liedson. Mesmo aquelas habilidades todas que faz são uma forma inteligente de actuar. As minhas declarações na altura não foram para ofender ou prejudicar ninguém, mas apenas para tentar desestabilizar o jogador. Quanto à questão de ir à selecção, penso que neste momento Portugal tem avançados e, apesar de o Liedson poder abrir mais possibilidades, não é o mais importante para a nossa selecção.

Gostou da maneira como foi recebido no Restelo? Sente que os adeptos estão consigo e com a equipa?
Frederico Tavares, Lisboa
Entendo que aqueles confrontos directos com o Boavista tenha criado alguma antipatia em relação a mim porque ganhava muitas vezes e ficava quase sempre à frente do Belenenses. Basta ver que nunca perdi aqui no Restelo com o Boavista e isso criou alguns anti-corpos. Depois, um diário desportivo também criou aquele episódio com o Zé Pedro que nunca existiu. Às vezes, podia ter havido uma má recepção, mas não foi o caso. Lembro-me que trouxe o cachecol do Belenenses na apresentação porque as pessoas têm de perceber uma coisa: estive muitos anos no Boavista, mas a lealdade, empenho, garra e vontade de ganhar que tive lá, tenho aqui! Aquilo que fui no Boavista serei aqui no Belenenses.

Por que motivo, depois de ter feito três épocas no Sporting, voltou ao FC Porto?José Palma, Queluz
Joguei duas épocas no Sporting e, antes de terminar contrato, fui abordado por outros clubes. Sempre pensei que o Sporting pudesse criar outras condições que não se tinham verificado até ali. Entrei no clube numa fase crítica, também fui operado a uma pubalgia e não me sentia realizado porque queria ganhar mais vezes. Senti que ali não havia valores suficientes para isso acontecer. Lembro-me que na altura estive quase a dar uma entrevista a dizer que mesmo se o Sporting contratasse o Maradona, não ganhava nada. Não havia ali as condições ideais para se ganhar, apesar de ser o clube onde fui melhor tratado. Mas, regressei ao FC Porto devido à enorme vontade que tinha de ganhar títulos!

Não sente que paga a factura por ser sempre directo e frontal nas diferentes abordagens que lhe são colocadas? Sente que continua a valer a pena?
Paulo Tavares, Montijo
Tenho a consciência de que isso me traz consequências negativas no momento. Contudo, fazendo uma retrospectiva, acho que vale a pena ser como sou! Deixo a elegância para os alfaiates e a verdade digo-a logo na altura porque não tenho ‘rabos de palha’. Só não tenho uma boa relação com 3 ou 4 jogadores que não gostavam de treinar e depois diziam que eu era mau. Aqueles que não eram profissionais a serio é que dizem mal de mim, pois os que foram trabalhadores honestos são todos meus amigos. Se há coisa que me orgulho é levar os meus dois filhos pela mão e ouvir elogios ao pai.

È verdade que recusou uma proposta do Blackburn depois de ter ingressado no Maiorca?
Jorge Nozes, Porto
Não é verdade. Tive convites de outros clubes ingleses antes de ir para Espanha, tal como quando jogava fui convidado pelo PSV e pela AS Roma. Nunca disse isto, mas o Eriksson queria levar-me para Roma. O Toni sabe bem que é verdade porque foi ele que me chamou ao telefone para falar com Eriksson. Mas, por isto ou por aquilo, nunca deu…

Considera o Professor Carlos Queiroz a escolha indicada para guiar a Selecção ao Mundial de 2010?
Bruno Careca, Lisboa
Costumo dizer, na brincadeira com os meus amigos, que gostava de ser eu o seleccionador e, se não for, então que seja qualquer um. É óbvio que tenho as minhas opiniões e opções, mas se as expressar posso ser mal aceite, independentemente de até serem favoráveis a Carlos Queiroz. A minha obrigação é apoiar sempre o seleccionador, seja ele quem for. E não faço questão de dizer que ele já devia ter vindo cá falar comigo. Venha ou não venha, estarei sempre do lado dele e disponível para ajudar.

«Não sou apologista de empréstimos»

Como faz a articulação com os restantes elementos da equipa técnica? As decisões finais, tais como decidir o onze titular, são somente ideias suas ou ouve os restantes elementos?
Carlos Silva, Sintra
Eu ouço os meus colaboradores em tudo. Por isso é que temos uma relação de mais de 10 anos, mas estão actualizados, até mais do que quem sai agora dos cursos de treinador. Temos uma relação de família porque sempre houve respeito entre todos. Conversamos muito e, por exemplo, o Figueiredo já parece que trabalha comigo há imenso tempo. Às vezes tenho dúvidas sobre a equipa e faço questão de ouvir a opinião deles. É óbvio que sou eu que tomo a decisão, mas não penso que sei tudo.

Já fez a sua obrigação de ir comer um pastel de Belém?
João Mota, Seixal
Felizmente, os pastéis de Belém sobem a rampa e vêm ter comigo. Sou um pasteleiro por natureza e gosto muito de bolos, desde que sejam pequenos. Que bem me sabem quando vêm quentinhos e, sempre que posso, até os levo para o Norte. Vim para o clube certo. Mas, para ser sincero, não tive muito tempo pois nem sequer fui ao Mosteiro dos Jerónimos que é aqui tão perto do estádio! Ainda estou a situar-me e trabalho de manhã à noite porque adoro o que faço. Aliás, já disse que, se ganhasse à hora, o clube estava tramado para me pagar. Na semana passada andei dois dias com o fato de treino vestido… Talvez lá para a Primavera tenha tempo livre para desfrutar da beleza que Lisboa tem.

Quem foi o treinador que o marcou mais enquanto futebolista e quais os treinadores no activo que são sua referência?
Cláudio Fernandes, Évora
Normalmente, os jogadores só gostam dos treinadores que os colocam sempre a jogar. O treinador com quem menos joguei em toda a minha carreira foi o senhor Pedroto e, para mim, foi o melhor e aquele que mais me marcou. Estive 2 anos com ele e só joguei no segundo, quando até os meus colegas dizem que o meu melhor ano foi o primeiro pela forma como treinava. Para mim, o senhor Pedroto ainda seria o melhor hoje porque tinha uma sabedoria genuína. Entre os actuais, não valorizo muito os que têm orçamentos milionários. Gosto do Martin O’Neill, actualmente no Aston Villa. Tem uma equipa bem montada, bem estruturada e com jogadores como gosto, rápidos e com atitude. É a minha grande referência, apesar de o Alex Ferguson ser uma figura mundial. Tem princípios, já ganhou tudo, mas tem uma paixão fantástica pelo jogo. Dá gosto vê-lo a festejar os golos.

O que acha da possível implementação das novas tecnologias no futebol?
Luís Ruivo, Lisboa
Em termos experimentais, devemos fazê-lo. Basta recordar a dúvida antiga sobre se aquele golo da Inglaterra à Alemanha no Mundial de 1966 foi válido ou não. Há situações que decidem a vida de muita gente com uma má decisão, às vezes involuntária. Estou de acordo com tudo o que seja para melhorar em casos específicos como os golos duvidosos. Agora, em foras-de-jogo ou faltas não tem cabimento, senão o jogo teria uma eternidade.

Porque razão as equipas que você treina são sempre faltosas e agressivas?
Nuno Maia, Póvoa de Santa Iria
Não são não. Se uma equipa grande ou do gosto do Nuno Maia fizer isso e ganhar, o leitor falará de amor à camisola e dirá que são lutadores e dignificam os adeptos. Todas as semanas vejo na nossa Liga expulsões, agressões, faltas e mais faltas e não sou eu o treinador. Na altura, fui apelidado assim porque ganhava aos grandes e havia muita gente a quem não interessava que o Boavista fizesse isso. Então, colocaram-me esse rótulo, ao ponto de alguns jogadores serem assim e depois, quando chegam aos grandes, já passarem a ser considerados grandes profissionais. É uma frase feita, se calhar encomendada e bem propagandeada para me prejudicar. Pergunto ao Nuno: gosta de um jogador da sua equipa preferida que não meta o pé, não corra, não faça um carrinho e não lute? Sinceramente, não acredito que goste.

Qual é o segredo para liderar uma equipa de futebol?
Miguel Caetano, Cadaval
Penso que não há segredo, a liderança é natural. Na vida privada, às vezes falamos alto para ter razão ou repetimo-nos para esconder alguma fragilidade. Aqui, temos tantos departamentos integrados e todos, cada um no seu espaço, respeitamo-nos mutuamente e, repito, a liderança é natural.

Concorda com Manuel José, quando ele diz que há falta de seriedade no futebol português?
André, Coimbra
O Manuel José foi meu treinador e é uma das pessoas que respeito e admiro. A nível de clubes, penso que já teve as oportunidades dele em Portugal porque já treinou o Benfica, o Sporting duas vezes, já andou por todos os clubes à excepção do FC Porto. Penso que merecia uma oportunidade como seleccionador. Agora, não sei a que se refere quando fala de seriedade. Entendo que isso não é para ofender nem insinuar nada drástico. Interpreto que seja por aquilo que é preciso fazer para chegar a determinados lugares, ou seja, ter ‘palheta’. Em Portugal, fala-se muito e faz-se pouco e só assim se percebe que certos treinadores apareçam do nada a treinar grandes equipas. Se calhar, ele refere-se a essas coisas e não fala em termos pejorativos.

Acompanha os resultados e os jogos de outras modalidades onde o Belenenses é forte, como o andebol, o râguebi e o futsal? Ficou a conhecer melhor o ecletismo do clube?
José Ferreira, Aveiro
O ecletismo é-nos dado a conhecer logo nos painéis publicitários do Restelo. É verdade que um dia destes fui ver um jogo de futsal porque é uma das minhas grandes paixões. Se calhar, estou a padecer de um joelho ao qual fui operado porque jogava futsal todos os dias e entrava em torneios com jogadores com idade para serem meus filhos. Gosto de hóquei em patins e de ciclismo, não gosto muito de jogos com a mão. Prefiro jogos com o pé e acompanho as modalidades. A propósito, não tem cabimento o castigo ao meu colega Alípio Matos por declarações. Que democracia é esta?

Qual é o seu clube de coração?
José Farinha, Castelo de Vide
O Aliados de Lordelo porque é o clube da minha terra. Falo sempre no Rebordosa, um rival do Aliados, onde comecei a jogar e do qual falo sempre porque as pessoas foram boas e ajudaram-me. Mas, a minha paixão é o Aliados de Lordelo.

Sendo um treinador com muita garra e entrega, que jogador vê com essas mesmas características?
Francisco Candeias, Portimão
Há muitos, em Portugal e não só. Jogava assim e não era maldoso. Gosto de todos os jogadores que se entregam de alma e coração ao jogo e aos treinos, sempre para ganhar. São esses que encarnam as minhas características.

Qual dos jogadores menos utilizados do Benfica gostaria de ter na sua equipa por empréstimo?
Vítor Santos, São Pedro da Cova
Honestamente, não sou muito apologista dos empréstimos. Prefiro comprar um jogador na 2.ª Divisão ou ir buscar à formação. Os empréstimos são uma solução do momento, em que por vezes estamos a impedir o surgimento de um jogador nosso. Em detrimento de investir no presente e no futuro, estamos a valorizar um jogador para os outros. Mas, por vezes, até por dificuldades dos clubes, temos de recorrer a eles. Quanto à questão, teria de ser um jogador que alinhe pelas alas porque só tenho o Vinícius e o Wender. O Benfica que escolha…

Sente necessidade de ir ao mercado de Inverno ou acha que o plantel é adequado às exigências?
Luís Sampaio, Lisboa
Não é justo nem correcto dizer se posso ir buscar jogadores nessa altura. Se tiver essa ideia tenho de a guardar para mim. Não posso, nem devo, pôr em causa ou questionar o valor destes jogadores, que têm sido excepcionais. Como em tudo na vida, há uns melhores do que outros, uns mais avançados do que outros em termos dos princípios que preconizamos, mas têm sido todos excepcionais.

Foi melhor como jogador ou agora como treinador?
Hugo Domingues, Lisboa
Se me quiser valorizar, e como o presente é que conta, direi que sou melhor como treinador. Deixo isso ao critério das pessoas, mas como adorava jogar futebol, digo que era melhor jogador. Embora dependesse muito da equipa, podia valer-me de mim próprio para ser titular indiscutível e fazer prevalecer o meu valor. Como treinador, é óbvio que o nosso trabalho é importante, mas dependemos de factores como 2 ou 3 jogadores terem problemas com a namorada ou a mulher. Isso é suficiente para afectar o seu rendimento em campo, o que pode comprometer um resultado e colocar em causa a vida do treinador.

Tem vontade de ficar no Belenenses para além deste ano, formando uma equipa à sua imagem e projectando o clube ao patamar que merece?
Tiago Soares, Lisboa
Já disse que o meu objectivo principal é fazer um bom trabalho este ano para poder dar continuidade à minha estadia aqui. Estou a gostar do clube e, como profissional, quero retribuir a confiança que depositaram em mim.

«Sonho voltar a ser campeão»

Qual foi o melhor grupo de trabalho em que esteve inserido, quer como treinador, quer como jogador? E porquê?
Rui Silva, Torres Novas
Como jogador, foram todos porque me dava bem com toda a gente, tanto os colegas como os adversários. Ainda hoje, convivo com muitos jogadores com quem joguei como, por exemplo, o Gomes, o Frasco, o Lima e outros. Também tenho a visita aqui no Restelo de alguns ex-colegas do Sporting, outros ligam-me. Se o futebol me deu algo, foi um lote de grandes amizades. Como treinador, só há bom ambiente quando se está a ganhar. Por isso, posso dizer que tive quase sempre bons balneários

Ainda é sócio do Boavista?
David Flores, Lisboa
Não tenho as quotas em dia, mas sou.Sonha em voltar a ser campeão na Liga portuguesa?Pedro Carvalho, BragaSonho. É uma das coisas pelas quais mais ambiciono. É óbvio que para isso ser mais acessível, é preciso treinar um dos grandes, mas dava prazer voltar a consegui-lo numa equipa sem esse estatuto, como já consegui no Boavista.

Qual é o melhor jogador da Liga Sagres? E do Mundo?
João, Covilhã
Tenho pena que às vezes o Cristiano Ronaldo, como sucedeu com o Brasil, não faça mais porque é o jogador de que mais gosto. É preciso dizer que ele é ainda um menino. Também gosto do Messi e outros que, sem terem o protagonismo deles, são bastante importantes nas respectivas equipas. Costumo dizer que os que roubam a bola e passam a quem sabe, também são fundamentais. O Ronaldinho Gaúcho já teve o seu espaço e agora não está tão bem. Porquê? Porque não está bem fisicamente, daí a importância de trabalhar sempre ao máximo. Quanto à Liga Sagres, já não existem tantos bons jogadores como existiam há uns anos e basta ver que dos 30 jogadores de selecção, poucos jogam em Portugal. Pelo que vejo nas equipas grandes, penso que tenho aqui dois jogadores, o Silas e o Zé Pedro, que mereciam ter ido mais longe. Não sou saudosista, mas hoje não hoje jogadores como o Alves, Jordão, Chalana ou Futre. Basta ver que nas habituais equipas de todos os tempos surgem sempre jogadores antigos. Sinceramente, com apenas 8 jornadas disputadas, não dá para apontar o melhor jogador desta Liga Sagres.

Como treinador qual a avaliação que faz ao ex-jogador Jaime Pacheco? E enquanto jogador gostava de ter tido um treinador como o… Jaime Pacheco?
Pedro Castro, Póvoa de Santa Iria
Gostava de ter sido treinado por uma pessoa como eu. Não há comparação, porque ele é muito melhor do que eu, mas o senhor Pedroto também exigia e dava tudo. Gostei bastante de ser treinado pelo Manuel José e pelo Manuel Fernandes, que também foi meu colega como jogador.

Qual foi a maior desilusão da sua vida desde que está no futebol?
Vasco Galego, Elvas
Foi não ter à final da Taça UEFA. Fizemos tudo para ganhar ao Celtic, tínhamos todas as condições para o conseguir, mas aquele não era o nosso dia. Não fomos felizes. Calámos os adeptos do Celtic, o que não é nada fácil, e depois num ressalto de bola, o Larsson falhou o pontapé e acabou por marcar.

Qual o melhor jogo que fez e que mais recorda como jogador e como treinador?Sérgio Martins, Coimbra
Às vezes, era considerado o melhor em campo quando não tinha gostado da minha exibição. Noutros jogos, considerava ter jogado muito bem e não era destacado pela crítica. Penso que fiz vários jogos bons, mas lembro-me de um FC Porto-Benfica, em 88/89, que vencemos por 3-0 e em que fiz 2 golos, e de um FC Porto-Abeerdeen que ganhámos por 1-0, golo do Gomes. Nesse fui marcado homem a homem e consegui fazer um jogo muito bem conseguido. Como treinador tive grandes jogos, quer no V. Guimarães, quer no Boavista, quer até no U. Lamas, em que empatei 0-0 nas Antas. Um jogo perfeito acho que foi o empate em Liverpool, num 11 de Setembro, em que merecíamos ter ganho. Há ainda outros jogos simples que nos marcam como, por exemplo, o que tive agora na Amadora, em que joguei muito tempo só com 10.

Quais são para si as maiores qualidades de um guarda-redes que orientou durante anos, o Ricardo?
Teodomiro Contramestre, Montijo
O Ricardo tem uma coisa boa: gosta do que faz. É um apaixonado pela profissão que exerce, gosta muito de futebol. Ele treina todos os dias como se disso dependesse a sua vida! Ele não treina para sobreviver, mas sim para viver. Para mim, seria o guarda-redes ideal se tivesse mais um palmo porque gosto de guarda-redes altos. Agora, é dos melhores a meter a bola na frente porque chuta muito bem. Além de marcar penáltis, estive tentado a deixá-lo marcar livres porque o fazia muito bem. Depois, é um ser humano do melhor que há à face da terra. Por acaso, ligou-me há pouco tempo. Tenho muito orgulho nos meus filhos, mas, se me disserem que o meu filho vai ser igual ao Ricardo, não me importo. Tivemos alguns arrufos, passou alguns jogos no banco comigo, mas nunca levei isso a sério porque ele trabalhou sempre bem e ia sempre à frente do pelotão em todos os exercícios.

Qual o melhor treinador português do momento?
Fábio Carvalho, Tomar
Para mim, é o José Mota porque vai à frente da Liga. Com o orçamento que tem fez uma bela equipa e, de momento, ele é o melhor. Até podia ter inveja dele porque é meu vizinho…

Você no banco está sempre a falar com os jogadores, a gesticular para dentro de campo. É assim tão eléctrico no dia-a-dia com a família?
Luís Godinho, Estremoz
Não. Costumo dizer que em casa sou um gatinho. As pessoas não imaginam o que representa para mim estar num campo a jogar com uma bola. Cá fora, tento ajudar os jogadores da melhor forma possível. Falo para os incentivar, gosto de participar no jogo para que eles percebam que no banco está alguém que os quer ajudar, proteger, dar-lhes força anímica e alma. É verdade que se usasse gravata e ficasse quieto no banco, sentado, de perna cruzada, se calhar valorizava-me de outra maneira. Mas, o que vale é o trabalho que a gente faz e não outras coisas.

No comando do Boavista, alguma vez lhe passou pela cabeça poder conquistar a Taça UEFA?
Alexandre Santos, Peniche
Sim, tive esse pensamento antes do golo do Larsson porque quem vai à final está sujeito a tudo. Depois de passarmos algumas equipas poderosas como o Hertha de Berlim, o PSG do Ronaldinho Gaúcho e o Málaga, fomos ao campo do Celtic, onde vi o melhor ambiente da minha carreira como jogador e treinador. É um espectáculo! A 10 minutos do fim, o Silva tem uma oportunidade clara para marcar, mas cabeceou à rede lateral. Senti que podíamos ter chegado à final da UEFA e ganhá-la. Na altura, já tínhamos vários meses de ordenados em atraso e os jogadores foram bravos até ao fim. Essas coisas deixam marcas para toda a vida.

Como pensa que deveria ser tratada a situação dos salários em atraso e os problemas financeiros nos clubes?
João Paulo Ferreira, São João da Madeira
Às vezes, as Direcções dos clubes têm culpa na planificação das coisas. Se não há receitas programadas, têm de ser mais comedidas nos orçamentos. Se não puderem ter um plantel de 25 jogadores, então tenham só 18 e acrescentam-se mais 4 ex-juniores. Até porque agora há a oportunidade de dar uns retoques em Janeiro. Depois, penso que devia haver uma intervenção da Liga, Federação e do próprio sindicato dos jogadores no sentido de, quando houvesse incumprimento, parar os campeonatos. Assim, estou certo de que os dirigentes iam movimentar-se mais porque sentiriam os prejuízos. Por fim, o Estado devia baixar os impostos porque não há nenhum país do Mundo que nos dê tão pouco e nos tire tanto.

sábado, 22 de novembro de 2008


Júnior Negão acerta rescisão

ACORDO FEITO ONTEM E ANUNCIADO NA SEGUNDA-FEIRA

O Belenenses e Júnior Negão chegaram a acordo para a rescisão do contrato que ligava o avançado ao clube até 2010. As bases do entendimento foram estabelecidas, ontem à tarde, após uma reunião de João Barbosa e João Freitas com o representante do brasileiro.

Contudo, a rescisão de Júnior Negão – seguido por V. Setúbal, Académica e U. Leiria – só será consumada na próxima 2.ª feira pelo que apenas então será oficializada.

Até lá os dirigentes do clube do Restelo ainda esperam ser possível chegar a acordo com mais algum dos dispensados (Edimilson, Vanderlei, Alício Julião e Evandro Paulista).

Vinícius: «Espero ficar aqui por muitos anos»
BRASILEIRO ESTÁ ENCANTADO COM EXPERIÊNCIA NO RESTELO

Vinícius é figura em destaque no Restelo. O extremo marcou nos 2 últimos jogos, fixou-se no onze e espera que o Belenenses compre o seu passe, avaliado em 800 mil euros, ao Flamengo.

“Estou feliz. Sinto-me totalmente adaptado à Liga portuguesa, ao plantel e ao treinador”, diz Vinícius.
O jogador não foi muito utilizado com Casemiro Mior mas agora garantiu a titularidade. “Estou a jogar a extremo-direito e sinto-me bem, estou próximo do golo. Sempre trabalhei da mesma forma, se não jogava com o antigo treinador foi apenas por opção... Mas nunca pensei ser dispensado, sei qual é o meu valor.”
Vinícius está cedido pelo Flamengo e garante que os responsáveis pelo Belenenses ainda não lhe falaram no assunto mas está esperançado: “Que comprem o meu passe. Espero ficar aqui por muito anos.”

Júnior Negão vai rescindir

O avançado brasileiro do Belenenses Júnior Negão, que foi afastado da equipa por opção técnica - em conjunto com Vanderlei, Evandro Paulista, Alício Julião e Edimilson -, deverá acertar a rescisão de contrato na segunda-feira. Segundo o que O JOGO apurou, o processo está bem encaminhado e fonte conhecedora do dossiê garantiu que o acordo está iminente. O futuro do jogador ainda está por definir, mas há dois emblemas brasileiros interessados no seu concurso, porém a continuidade em Portugal não está posta de parte. Tudo indica que a próxima semana deverá ser fulcral para a definição dos processos dos restantes quatro jogadores.

As novidades no Restelo não se ficam por aqui. A semana que se avizinha promete ser profícua em novidades, entre as quais se deverá destacar o anúncio do arranque das obras para a instalação do relvado sintético no Maracanãzinho.

Noutro plano, ontem a equipa treinou à porta fechada para preparar a visita de segunda-feira a Setúbal. No final do apronto, o avançado Vinícius Pacheco afirmou, que apesar de estar emprestado pelo Flamengo até ao final da temporada, gostaria de "continuar no Belenenses", mas a prioridade passa por levar a equipa "o mais alto possível". "Não temos limites. Queremos chegar longe. O Setúbal é uma equipa difícil mas queremos ganhar", rematou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Diferentes ou talvez não


Realizou-se ontem no Casino do Estoril, a XIII Gala do Desporto, evento realizado pela Confederação do Desporto de Portugal. Vários atletas e personalidades foram galardoados, sendo que o C.F. «Os Belenenses» esteve representado entre os galardoados por 5 atletas e 1 ex-presidente, este a título póstumo.

Estranhamente ou talvez não o sitio oficial do Clube nada publicou sobre estas distinções, já que estamos a falar de 4 atletas campeões europeus de rugby na variante de sevens e de outro campeão mundial de futsal universitário bem como de um ex-presidente que apesar da grave doença que o vitimou, manteve-se até ao fim dos seus dias quer no Clube quer na SAD, não fugindo como outros de triste memória.

Este esquecimento, chamemos-lhe assim, do único órgão oficial do clube, é penalizador principalmente para os atletas que não viram os seus feitos reconhecidos pela entidade que representam.
Quanto ao caso do Eng.º Cabral Ferreira, talvez se insira noutra vertente, de o votar ao ostracismo, e que teve o seu inicio por parte da direcção fugitiva ao proibirem que a viúva entregasse à equipa de voleibol feminino um troféu particular como prémio da subida de divisão.

Cabral Ferreira ao longo dos cerca de 20 anos que dedicou ao clube, foi companheiro em diversas direcções de alguns dos actuais membros da Comissão de Gestão, o actual presidente em exercício da Mesa da Assembleia Geral foi eleito na sua lista, durante 5 anos foi vice-presidente do Dr. Sequeira Nunes, actual presidente do Conselho Geral.

Com que direito reclamamos da Comunicação Social não falar de nós se entre Belenenses as azias se sobrepõem ao interesse colectivo.

As apostas de Pacheco

O jovem médio André Almeida foi a grande novidade na sessão dupla de treino de ontem, no Restelo. O ainda júnior deverá integrar-se novamente nos trabalhos da equipa principal no apronto de hoje (10h00, porta fechada) e é o exemplo da política que o treinador da equipa principal do Belenenses, Jaime Pacheco, quer adoptar a partir de agora. À semelhança do que Casemiro Mior já fazia, os juniores irão integrar-se nos treinos da equipa principal de forma regular. Assim, é de esperar, nos próximos dias, poder ver novamente, entre outros, Tiago Almeida e Freddy, jogadores que já fizeram a pré-época do Belenenses, em Vale do Garrão, no Algarve.

Noutro plano, o ex-presidente dos azuis Cabral Ferreira foi ontem distinguido, a título póstumo, pela Confederação do Desporto de Portugal (CDP) no Casino do Estoril, como "Personalidade do Ano" para a Federação Portuguesa de Futebol. A viúva, Regina Cabral Ferreira, foi quem recebeu o prémio.

China recuperado complica as contas

JAIME PACHECO TEM PLANTEL TODO OPERACIONAL


Não há fome que não dê em fartura. Este é um daqueles ditados populares que nos habituámos a ouvir e o qual expressa na perfeição o que sucede no Belenenses: depois de uma série de lesões que limitaram a equipa, agora Jaime Pacheco tem todo o plantel às ordens tendo em vista a deslocação a Setúbal.

Ontem à tarde, China trabalhou sem limitações – e o treino foi bem puxado – pelo que o estiramento na coxa direita está debelado. A recuperação plena do defesa-esquerdo levanta agora um daqueles problemas que qualquer treinador gosta de resolver. É que Mano (adaptado à posição) esteve impecável frente à Académica, mas deve voltar ao seu lugar natural no meio-campo para permitir o regresso de China ao flanco esquerdo da defesa

Uma vez que o técnico garantiu que Mano jogaria sempre desde que mantivesse a atitude, alguém do meio-campo terá de “saltar” do onze. À partida, Vinícius seria o principal candidato a ficar no banco, mas como fez o golo que deu o primeiro triunfo da Liga aos azuis poderá obrigar Jaime Pacheco a tomar outra opção.

Entretanto, o Olhanense-Belenenses a contar para a Taça da Liga foi antecipado para 14 de Dezembro, às 15 horas. Até lá, os dirigentes esperam resolver a situação dos cinco dispensados. Para já, decorrem negociações que estão bem encaminhadas, sendo esperadas novidades em breve.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

João Paulo espera por oportunidade

MARCOU DOIS GOLOS NA LIGA INTERCALAR

A confiança no Restelo parece estar a regressar à normalidade depois da vitória com a Académica. Ontem, os jogadores menos utilizados venceram o Mafra para a Liga Intercalar e João Paulo, arredado da titularidade, marcou 2 golos.

Com Pacheco a orientar a equipa, o avançado espera por dias melhores: “Tenho a confiança do treinador já que, desde que chegou, deu-me a oportunidade para jogar.”

O facto de estar demorado o regresso ao onze é natural, como explica: “O treinador tem as suas opções e acertou. Mudou o onze e a equipa ganhou.”

Os resultados positivos vieram na melhor altura, segundo Cândido Costa: “Alivia um bocado e dá confiança. Tínhamos 4 pontos. Com uma vitória ficamos de cabeça mais limpa”. Daí que a motivação aumente: “Se cada um for competitivo e concentrado, é bom sinal.”
"Não vai ser nada fácil terem que nos defrontar"

A vitória conseguida segunda-feira frente a Académica (1-0) foi o tónico que o Belenenses precisava para encarar de frente a Liga Sagres. Pelo menos esta é a interpretação de Cândido Costa. No final do treino de ontem, o subcapitão afirmou que o triunfo "aliviou mentalidades" e fez com que a equipa pensasse de "cabeça mais limpa".

"Olhávamos para a tabela, víamos quatro pontos, mas agora estamos mais perto da 'confusão', o que dá outro moral. Com isto os jogadores ainda vão dar mais e jogar com outra confiança, porque a pressão negativa é diferente da pressão positiva", defendeu o jogador que deixou claro que o próximo adversário - Setúbal na segunda-feira - vai ter tarefa difícil.

"Estamos a subir e a começar a jogar entrosados, com muita atitude dentro do campo. Não vai ser fácil, a partir de agora jogar contra o Belenenses", realçou Cândido Costa, destacando que o Setúbal é uma equipa recheada de bons jogadores. "Tem um bom treinador, que eu conheço, e têm bons jogadores. Esta época já jogámos duas vezes contra eles, em particulares, um empatámos e outro perdemos. Os jogadores do vitória podem desequilibrar e dar a vitória à equipa deles", advertiu.

A forte presença de adeptos no Estádio do Restelo, na passada segunda-feira, deixou a equipa surpreendida e segundo Cândido Costa foi mesmo "motivo de conversa no balneário". "No último jogo tivemos aqui muita gente, para o que é normal no nosso estádio, e isso reflectiu-se em nós. Queremos continuar a jogar com a presença desta massa associativa", pediu o jogador, revelando que vários sócios lhe mostraram a sua satisfação pela primeira vitória do Belenenses esta temporada no campeonato nacional.

Noutro plano, no treino de ontem, destaque para o trabalho condicionado do lateral-esquerdo China, que ainda não recuperou de uma lesão na coxa e que o impediu de defrontar a Académica. O restante plantel está sem limitações, devendo estar todo o conjunto operacional para a deslocação de segunda-feira ao reduto do Setúbal.

Situação por resolver
Não está a ser de fácil resolução o dossiê dos cinco jogadores dispensados. Segundo João Freitas, assessor da SAD, o facto de a maioria dos atletas ter empresários que estão no Brasil está a emperrar um processo que "não é bom para nenhum dos lados". É de prever que durante o dia de hoje possa ficar desbloqueada a situação de alguns jogadores.



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Belenenses Distinguidos Pela C. D. P.

Na nossa busca incessante de notícias sobre o nosso clube, fomos parar ao sitio da Confederação do Desporto de Portugal, que realiza amanhã no Casino o Estoril a sua 13ª Gala e que homenageia as Personalidades do Ano e os Campeões Europeus, Mundiais e Atletas Olímpicos de 2008.

Tivemos o grato prazer de constatar que um dos distinguidos como Personalidade do Ano foi o Eng.º Cabral Ferreira, a título póstumo, indicado pela Federação Portuguesa de Futebol.

Infelizmente o distinguido já não poderá receber pessoalmente o prémio, mas estamos certos que será com bastante emoção e orgulho que quem o representar o fará. Lamentamos que o reconhecimento do valor deste homem bom tenha sido feito por entidades exteriores ao seu clube e que esse mesmo reconhecimento não tenha sido feito pelos sócios do CFB e pelos accionistas da SAD.
Na mesma Gala vários atletas do Clube de Futebol “Os Belenenses” serão homenageados devidos aos títulos Europeus e Mundiais que conquistaram e que são:


Diogo Mateus, Pedro Silva, Sebastião Cunha, David Mateus - Campeões Europeus de Sevens em Rugby

Pedro Cary – Campeão do Mundo de Futsal Universitário

Aos atletas homenageados enviamos as nossas felicitações, desejando que por muitos e bons anos continuem a ter como emblema a Cruz de Cristo, simbolo de um dos maiores clubes portugueses.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

SAD reitera críticas a Marco Ferreira

DIRIGENTES AGUARDAM CASTIGO DO CD E RELATÓRIO DO ÁRBITRO

SAD do Belenenses aguarda pela reunião de hoje da Comissão Disciplinar da Liga para saber qual o castigo que será aplicado a Wender (expulso na Reboleira por engano, pois é China quem comete falta). Os responsáveis azuis esperam ainda pela recepção do relatório sobre o jogo do árbitro madeirense Marco Ferreira e do observador Andrelino Pena. Só depois de terem conhecimento destas duas situações é que a SAD poderá, eventualmente, reagir.

Os dirigentes do Restelo reiteram as afirmações proferidas no final do encontro – onde contestaram a arbitragem – as quais na sua opinião são reforçadas pelas crónicas dos jornais, rádios e pelas imagens televisivas.

A suspensão de Wender depende agora do que o madeirense Marco Ferreira escreveu no relatório do jogo, sobre o que motivou a expulsão do brasileiro.

No entanto, tudo aponta para que o esquerdino fique de fora das opções de Jaime Pacheco para o embate da Taça de Portugal com a Naval , jogo a realizar-se no domingo às 18.30 e com transmissão na Sport TV1.