quinta-feira, 14 de maio de 2009

Há impostos por pagar


Viana de Carvalho diz-se surpreendido com o que encontrou no clube Promete pagar salários aos jogadores na próxima semana

VIANA DE CARVALHO, novo presidente do Belenenses, começa agora a inteirar-se dos dossiers do clube e, pelo que diz, a situação é ainda mais problemáticas do que a esperada antes de tomar conta dos destinos do clube do Restelo. Além do passivo e das dívidas a alguns credores, Viana de Carvalho descobriu agora que... o Belenenses tem impostos de 2009 por liquidar.
«Essa é a verdade. Há impostos deste ano que ainda não foram pagos. É uma situação com a qual não contávamos, mas teremos de lidar com ela e pagar rapidamente o que o clube deve», afirmou ontem Viana de Carvalho, não querendo revelar o valor exacto desta dívida.
Seja qual for a quantia, o pagamento desta terá de ser uma prioridade para a Direcção, até porque, segundo o número 12 dos pressupostos financeiros da Liga para 2009/10, todos os clubes terão de apresentar certidões comprovativas da situação contributiva regularizada, quer ao Fisco, quer à Segurança Social. Sem isso, os azuis correm o risco de não se inscreverem nos campeonatos profissionais portugueses.

DINHEIRO para o plantel. O pagamento dos impostos é uma prioridade absoluta para a Direcção, no entanto, Viana de Carvalho não esquece uma das promessas feitas durante a campanha eleitoral: pagamento dos salários aos jogadores, que já não recebem há dois meses.
«Na próxima semana esperamos ter tudo pago. Estamos a ultimar pormenores para que os jogadores recebam o que está em falta», disse o líder do clube, acreditando que o plantel vai dar uma boa resposta no jogo com o Rio Ave, decisivo para a manutenção:
«O grupo está triste, mas senti vontade de todos em ganhar o próximo jogo. A manutenção é difícil, mas temos de acreditar, até porque, enquanto há vida há esperança.»

terça-feira, 5 de maio de 2009


Guerra à flor da relva

LUSIFOR EXIGE 300 MIL EUROS ATÉ 4.ª FEIRA

Adolfo Barbosa, sócio-gerente da Lusifor, garante que a empresa vai assegurar a manutenção dos relvados do Belenenses até ao próximo dia 31 de julho, data em que termina o contrato entretanto denunciado pelo clube. "Não afrontarei a instituição Belenenses, muito menos farei algo no sentido de prejudicar o clube. A Lusifor irá desenvolver o trabalho normalmente como até aqui e garantirá a realização dos jogos, sem prejuízo de tomarmos as medidas ditadas pelos nossos serviços jurídicos", refere o responsável pela empresa que, ontem de manhã, enviou um faxe para João Barbosa e Sequeira Nunes - líderes, respetivamente, da Comissão de Gestão e do Conselho Geral - a reagir à denúncia do contrato.

"Considerando a forma pouco digna, para não dizer cobarde, como decidiram rescindir o contrato de prestação de serviços, a Lusifor decidiu o seguinte: exigir de imediato o pagamento da dívida acrescida de juros de mora e aguardar até à próxima 4.ª feira, dia 6 de maio, para que o pagamento seja efetuado", lê-se no documento. Ao que apurámos, a dívida ronda os 300 mil euros e já remonta a meados de 2007. "Nunca mais recebi nada", queixa-se.

A título pessoal, Adolfo Barbosa faz duras críticas a João Barbosa, líder da Comissão de Gestão. "Dividiu os sócios, rodeou-se de incompetentes, acabou com o basquetebol porque quis pressionar no sentido de fazer a equipa e colocou a equipa de futebol em sérios riscos de descer de divisão", afirma Adolfo Barbosa, o qual é apoiante confesso da Lista A encabeçada por Viana de Carvalho. "A minha preferência vai para essa lista porque considero ser a melhor", explica.

A relação entre o Belenenses e a Lusifor deterioraram-se este ano, com a equipa de Jaime Pacheco a treinar-se em diversos locais. Em janeiro, a Comissão de Gestão dos azuis emitiu uma declaração a atestar que "a Lusifor executou vários trabalhos em boas condições, dentro dos prazos estipulados e sem anomalias a registar".

Contudo, tudo se alterou quando, em fevereiro, Adolfo Barbosa alertou os dirigentes para o facto de o campo n.º 2 estar completamente destruído devido à excessiva utilização. Em abril, o responsável pela Lusifor enviou outro faxe à Comissão de Gestão a solicitar algumas informações (programa de concertos e outras actividades, quando acabam as actividades nos campos relvados e quando começariam as da época seguinte). "A resposta que tive foi a denúncia de contrato", lamenta, desmentindo que o relvado principal do Restelo esteja em más condições. "A prova disso é que o árbitro do recente jogo com o Estrela da Amadora disse aos capitães que num relvado daqueles só não jogava à bola quem não soubesse. Há testemunhas disto", garante Adolfo Barbosa, esclarecendo a questão do pagamento das letras.

"João Barbosa mentiu ao dizer que o candidato da Lista A, Viana de Carvalho, não tinha pago as duas letras que surgiram quando o falecido Cabral Ferreira decidiu abrir novo concurso, em meados de 2007, e acertou contas comigo. Desde então, todos os dirigentes reformaram essas letras à excepção de Jorge Coroado que pediu para esperar pelas eleições", explica para desmentir o candidato pela Lista B.

A finalizar, o dirigente da Lusifor é taxativo. "Não quero mais, acabou! A Lusifor não vai continuar a prestar serviços ao Belenenses mesmo que venha a ser convidada. Estou aberto ao diálogo com a instituição e com quem quer que a represente, mas com João Barbosa só depois de se retractar publicamente de tudo o que disse", frisa.
Autor: NUNO MIGUEL FERREIRA Data: Segunda-Feira, 4 Maio de 2009 - 19:07

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tornar Lagoa ainda mais azul

Hugo Figueira já representou o FC Porto mas pretende repetir vitória da fase regular em casa

É o passo final para a final four que este ano se realiza na cidade algarvia de Lagoa e apenas quatro equipas conseguirão o apuramento. No Restelo há jogo de azuis onde o Belenenses conseguiu o inédito até agora: foi a única formação a ter ganho ao FC Porto esta época na fase regular da Liga (o Benfica fê-lo na Taça da Liga) e o cenário repete-se no pavilhão Acácio Rosa, onde o Belenenses se torna uma formação ainda mais forte.

Hugo Figueira não tem dúvidas: «Não é o jogo da época, é o próximo e vamos para ganhar. É um jogo de Taça, o que por si só é diferente. Sabemos que vamos ter pela frente uma grande equipa, que foi o vencedor da fase regular, mas quero repetir a vitória sobre eles aqui no Acácio Rosa.» Como o fazer? O guarda-redes dá a resposta: «Eles estão bem apetrechados, mas é fundamental parar a primeira linha e a relação com o pivô, se assim for é meio caminho andado», sublinhou.

No Funchal, o Madeira SAD enfrenta o rival insular do Sp. Horta a poucos dias de iniciar as meias-finais da Liga, tal como o Benfica, que vai à Maia medir forças com o Ismai sem Carlos Carneiro, mas ciente de que, a seguir, vem o dérbi lisboeta com o Sporting.

Em Santarém, os Empregados do Comércio — tal como o Ismai, já eliminado dos play-off da I Divisão masculina — têm pela frente apenas o vencedor do troféu em título, o ABC, que joga aqui igualmente a temporada, depois da eliminação nos play-off da Liga.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Canalizar revolta para vencer na Trofa


JOGADORES ESPICAÇADOS POR DERROTA POLÉMICA

O sentimento reinante no balneário do Belenenses é o de canalizar a revolta pela forma como sucedeu a derrota com o Nacional - golo decisivo precedido de falta de Luís Alberto sobre Júlio César - para o jogo da próxima jornada, na Trofa. "Alguém vai ter de pagar a fatura desta derrota injusta e tudo faremos para que seja já o Trofense", disse a Record um dos jogadores às ordens de Jaime Pacheco, o qual já se queixou de várias arbitragens

A primeira vez que o técnico do Belenenses se sentiu prejudicado foi à 7.ª jornada, na Reboleira (1-1). "Não nos deixaram ganhar", referiu numa alusão ao trabalho de Marco Ferreira que expulsou Wender aos 34' após mão de China. Na 11.ª ronda, com o Nacional (2-4), novas queixas, agora de Rui Costa. "Eles jogaram em 6x2x3x1", afirmou depois de um golo mal anulado a Silas e de um ilegal do adversário.
Castigo
As críticas de Pacheco subiram de tom após o empate (2-2) caseiro com o E. Amadora na 22.ª jornada. "Alguém quer fazer-nos mal", afirmou, sendo punido com 12 dias de suspensão e 1.500 euros de multa por ter sido expulso por João Ferreira já após o apito final. Anteontem, acusou Duarte Gomes de ter "a lição bem estudada" no jogo com o Nacional

Viana de Carvalho escreve aos sócios

APELANDO AO VOTO E ANUNCIADO PARCERIAS FUTURAS

O candidato da Lista A, Viana de Carvalho, às eleições do próximo dia 10 de maio enviou uma carta aos sócios do Belenenses para apelar ao voto na sua equipa. Leia aqui a mensagem completa de um dos três candidatos ao acto eleitoral do clube do Restelo.

"Caro(a) Consócio(a)

O Clube de Futebol 'Os Belenenses' viu as suas eleições adiadas por decisão judicial. O acto eleitoral está agora marcado para o próximo dia 10 de Maio.

Queremos que o Belenenses marque presença nos jornais e televisões por razões positivas: sucessos desportivos, concretizações inovadoras e que seja tratado com o respeito e a dignidade que merece.

Pensávamos estar já hoje a trabalhar na implementação do nosso projecto estratégico para o Clube, amplamente divulgado aos sócios durante a campanha eleitoral nas várias sessões de esclarecimento, no nosso site (http:belenenses.vianacarvalho.com) e na comunicação social. Infelizmente, só o poderemos fazer depois do dia 10. Fazemos uma campanha pela positiva, sem calúnias nem mentiras. A adesão dos sócios e parceiros às nossas propostas aumentam o nosso entusiasmo.

Para a sustentabilidade deste projecto contámos com apoios significativos de importantes empresas, que confiam na qualidade dos nossos compromissos e na nossa capacidade e competência. Estas empresas aceitaram dar a cara publicamente, ao nosso lado, perante os órgãos de comunicação social. São parceiros com rosto. Estamos a falar de entidades como o Pingo Doce, o Grupo de Saúde CRH e o Grupo Multinacional GFI. Temos em desenvolvimento novos projectos com uma empresa já presente no futebol europeu e também noutras actividades do Clube.

As nossas parcerias

Com o Grupo Pingo Doce, vamos instalar um espaço comercial no parque de estacionamento situado a sul do Estádio de Restelo.

- Vamos criar receitas numa zona que tem estado desaproveitada
- Vamos chamar mais gente para o nosso Complexo Desportivo
- Os pais podem fazer compras enquanto os filhos praticam desporto ou assistem aos jogos

Com o Grupo de Saúde CHR, vamos requalificar o Complexo das Piscinas, dotando-o de um Centro de Medicina Desportiva e de Reabilitação.

- Vamos criar receitas onde temos tido muitas despesas
- Vamos apoiar convenientemente os nossos atletas, em todas as modalidades, com avaliação, diagnósticos e reabilitação
- Vamos abrir aos sócios estes serviços de modo a proporcionar-lhes condições mais vantajosas
- Vamos criar um pólo de desporto, saúde e bem-estar aberto aos sócios de todas as idades em moldes que a própria FIFA vem incentivando.

Com o Grupo Multinacional GFI, vamos instalar um Painel Videográfico no Estádio do Restelo, gerador de receitas, e, vamos modernizar o funcionamento do Clube, ao nível administrativo, organizativo, da segurança e da relação com os sócios.

Com estas receitas vamos amortizar o empréstimo bancário dos 5 milhões

Queremos um complexo desportivo moderno, cheio de adeptos e virado para o desportoFizemos mais pelo futuro do belenenses num mês de campanha do que foi feito no último ano

Queremos que se associe a uma equipa ganhadora, votando num projecto sério de gente séria.

Consigo vamos ter um Belenenses melhor, mais forte e mais prestigiado."

Carlos Viana de Carvalho
Candidato Lista A

Jaime Pacheco sai mal tome posse


José António Nóbrega não quer actual treinador.Sócios no centro do projecto da lista C Modelo único para futebol da formação a seniores

HÁ quem acuse José António Nóbrega de ser intempestivo, arrogante, inconveniente e politicamente incorrecto. O candidato da Lista C apresenta a sua candidatura a A BOLA e riposta: «Não sou arrogante, sou exigente e não admito faltas de respeito. Sou solidário com os meus amigos, mas não admito traições. Se colocam em causa o meu bom nome e dos meus amigos, admito que sou impulsivo. Estou nesta corrida para ganhar. Mexeram comigo quando não aceitaram a minha candidatura e mostrei que ninguém mexe comigo. Mas não sou contra ninguém, não sou melhor nem pior, apenas diferente e quero mostrar que o meu projecto é o melhor», começou por comentar José António Nóbrega.

«O Belenenses está sem rei nem roque e tem de saber quem manda», desabafa. Por isso, não terá pejo em tomar decisões polémicas, a começar pelo futebol, onde revela que Jaime Pacheco não será o seu treinador, se vencer. E nem vai esperar pelo final da Liga: «Quando tomar posse, no dia seguinte já nem se senta no banco».

Combater o «laxismo»

José António Nóbrega insiste na questão da autoridade quando comenta que «no Belenenses pode acontecer tudo que ninguém é responsabilizado, pois ninguém manda». Logo, «os funcionários entraram no laxismo». Diz que «não há funcionários maus, há é funcionários mal enquadrados», mas reconhece excesso de pessoas nalguns sectores e prepara-se para cortes e nomear um director geral.

Modelo único no futebol

Em relação ao futebol, defende a implementação de um modelo único de jogo, vertical, das escolas de formação à equipa principal, já que «o futebol vive de rotinas». E um modelo que «privilegie o espectáculo».«Prefiro ganhar por 5-4 do que por 1-0», justifica.

Peças fundamentais, a construção do centro de estágio, em local a estudar, a celebração de um acordo com o Ministério da Educação para que os jovens da formação possam estudar numa escola única de manhã e treinarem-se à tarde, rigor na escolha do plantel sénior e, também para estes, um código de conduta que passa pela responsabilização social e horários alargados de permanência no clube.

Credibilidade sim, magia não

Em relação à crise financeira, abre as mãos e diz não ter «varinha mágica». Mas garante rigor: «Connosco não haverá dinheiro jogado à rua. Se tiver 100, tenho de gastar 80 e investir 20. O clube está nu, está falido e a recuperação pela reestruturação interna e credibilidade. Não haverá injecções de dinheiro e parcerias sérias sem demonstrarmos primeiro que somos credíveis».

Voz aos sócios

Ponto sensível para José António Nóbrega, a relação com os sócios. «Muitos fazem sacrifícios e o que recebem de volta? Nada. Por vezes até são maltratados. O clube tem de ser solidário com quem precisa, tem de tratar os seus sócios como os donos do clube e oferecer-lhes serviços em troca da sua dedicação», frisa. Por isso, garante que vai abrir, num modelo de pura solidariedade, um jardim de infância e colocar os profissionais do departamento médico e o jurídico ao serviço dos sócios. E vai procurar celebrar parcerias com empresas, contratando produtos a preços especiais para sócios, entre muitas outras iniciativas. «Chegou a hora de retribuir a fidelidade dos sócios», conclui.

Futebol, râguebi e andebol

José António Nóbrega elege as três modalidades que devem ser aposta realista

Partindo do pressuposto que «o Belenenses não tem meios para ter todas as modalidades», José Nóbrega estabeleceu a hierarquia das aposta do Belenenses. «Em primeiro lugar, claro, o futebol. Em segundo, o râguebi, já que o Belenenses tem a melhor academia da Península Ibérica». Terceiro, o Andebol. «Mas apostando forte na excelência do trabalho de formação, já que tem se ser amador e não pode entrar em loucuras para contratar grandes jogadores».

Em relação às restantes modalidades, «têm de viver dos apoios que conseguirem angariar». E ainda há espaços para casos pontuais. «Temos de manter as bandeiras, como a atleta Daniela Inácio, encontrando parcerias. O que falhou com Obikwelu, que começou no Belenenses e perdemos para o Sporting», lamentou.

domingo, 19 de abril de 2009

Surpresa agradável

Daniela Inácio terceira no Grand Prix de Sumidero Lugar decidido por 'photofinish' Arseniy Lavrentyev terminou em oitavo

«NÃO esperava, mas é sempre motivante ter um resultado assim. Foi uma surpresa agradável», afirmou Daniela Inácio após, ontem, ter alcançado um brilhante e muito disputado 3.º lugar (3;24.32,15 h) no Grand Prix de Sumidero (México), prova de 15 km de águas abertas no Rio Grijalva através do imponente Canyon Sumidero. «Não, por acaso não vi nenhum crocodilo, nem durante nem depois, mas gostava», brincou a nadadora do Belenenses nesta estreia na distância. No sector masculino o também olímpico Arseniy Lavrentyev quedou-se na 8.ª posição com o tempo de 3;11.01,88 horas, numa competição ganha pelo experiente búlgaro Petar Stoichev (3;09.49,59), recordista da travessia do Canal da Mancha e de Sumidero.

Inicialmente a organização havia atribuído a quarta posição à atleta do Belenenses, atrás da vencedora Britta Kamrau (3;24.25,71), da também alemã Ângela Maumeur (3;24.26,29) e da espanhola Esther Nuñes mas, após protesto do seleccionador nacional Nuno Dias o visionamento do photofinish confirmou que Daniela fora mais rápida que Nuñes.

«Normalmente perco na parte final. Desta vez isso não aconteceu. O sítio é lindíssimo, só é pena a água estar tão suja. A prova, que é mais táctica do que nos 10 km. Não começou rápida e como me sentia bem fui-me poupando. Aconteceram três/quatros arranques mas mantive sempre uma boa posição. A 40/50 minutos do fim a Maumeur acelerou e fui atrás dela e da espanhola. Depois a Kamrau colocou-se ao meu lado e andámos ali à pancada. Porém, comparando com o que acontece nas Taças do Mundo de 10 km nem me incomodou. Ela passou-me mas 400 m finais fui-me chegando à Nuñes e mesmo no fim ultrapassei-a. Foi bom», concluiu Daniela.

Satisfeito com esta estreia estava igualmente Arseniy. «Os últimos 5 km foi sempre a bombar e então nos derradeiros dois o ritmo acelerou ainda mais. Mantive-me atrás deles e acabei por perder o 6.º e 7.º lugar apenas por um ou dois segundos. Acho que sim que além dos 10 km no Mundial de Roma também poderei apostar nos 25 km. Não acabei de rastos. Agora só faltam nadar mais 10 km...»

sábado, 18 de abril de 2009

Quem com ferros mata com ferros morre

Infelizmente neste fim-de-semana o nome do Clube de Futebol «Os Belenenses» vem para as primeiras páginas dos jornais não pelos seus sucessos desportivos mas por razões não desportivas. Não se discutindo o direito de quem se sente prejudicado de recorrer à justiça e por aquilo que se tem lido uma conclusão é obvia: Não houve bom senso das partes envolvidas no processo para além de se poder equacionar se o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral em exercício estaria ou não impedido de analisar a contestação da lista presidida pelo sócio José António Nóbrega, já que ele era parte interessada no assunto.

Mas, como um mal nunca vem só, no suplemento Centro-Sul da edição de hoje do jornal A Bola, vem a notícia que se segue, donde ressalta que o não pagamento do acordado entre clubes vem se há meses atrás ou seja desde que a actual comissão de gestão tomou posse bem como a constante fuga ao diálogo por parte de quem conduz os destinos do clube.

Ora, nada disto confirma o discurso de salvador da pátria que o actual coordenador da comissão tem quer perante os sócios quer durante este mês de campanha eleitoral.
Será que o dinheiro que foi recebido do Estrela da Amadora por uma situação idêntica não chegou para evitar que o clube passasse por mais esta vergonha?

Lá diz um ditado bem português:
Não faças mal aos outros à espera que te venha bem

Queixa na Federação contra o Belenenses

Em causa o pagamento da formação de Mano Dirigentes desistiram de entrar em diálogo com o clube do Restelo Atraso de cinco meses

O Almada denunciou ontem o corte de relações com o Belenenses. Em causa está o atraso no acordo para o pagamento da formação de Mano, que se transferiu para o Restelo em 2005. Os azuis comprometeram-se em pagar uma verba mensal faseada, entre Julho de 2007 e Junho de 2009, porém, há cinco meses que ninguém vê dinheiro em Almada, clube da AF Setúbal. Seguiram-se outras medidas.

«Desistimos de conversas. Não pode ser a desculpa das eleições porque não recebemos há quase seis meses. Tentámos por todos os meios um contacto, mas nunca houve resposta. Fomos obrigados a denunciar o caso à FPF e ao nosso advogado para tratar do caso», avança Horácio Rodrigues, vice-presidente do clube, revelando as dificuldades actuais:

«A verba não é grande, é certo, mas para nós é muito. São cerca de 3500 euros mensais. Já recebemos avisos de corte de gás, luz e outras despesas. Estamos a tentar levantar o clube e não é fácil porque tínhamos as contas todas acertadas no início da época.»

O Almada aguarda agora por uma resposta da FPF.

Horácio Rodrigues lamenta o problema mas diz não ter outra solução face à ausência de respostas:

«É isso que nos deixa mais tristes. Não nos disseram absolutamente nada. Depois do que fizeram ao E. Amadora, pela falta do pagamento do empréstimo do jogador Mendonça, agora fizeram o mesmo. O caso agora está entregue às entidades competentes. Vamos aguardar com tranquilidade.»

Azuis proibidos de utilizar o Campo do Pragal

Aliado ao pagamento faseado da formação de Mano, o Belenenses estabeleceu também outro acordo com o Almada que visava a utilização do Campo de Jogos do Pragal para a equipa se treinar, a troco de verba não divulgada pelos dirigentes de Almada. O dinheiro, esse, é que também ainda não entrou nos cofres do clube da margem Sul , segundo Horácio Rodrigues.

«Já foram informados de que não poderiam trabalhar mais no Pragal. Trata-se de um acordo que não estava relacionado com o de Mano. Certo é que, tal como esse, também está com atraso. A verba era destinada para o tratamento da relva, que, desta forma, teve de parar», lamenta o dirigente, escusando-se a apontar números mas sublinhando o não cumprimento das condições propostas inicialmente.

«Ficou acordado que o Belenenses poderia utilizar o campo dez vezes por mês pagando uma mensalidade. No início tudo estava a ser cumprido com regularidade. O mesmo já não acontece nos últimos cinco meses, tal como o acordo estabelecido pela formação do Mano. Estamos tristes com toda a situação, porque o Belenenses é um clube grande de Portugal. Mas nós, face às dificuldades actuais, também temos de sobreviver para não deixar cair o Almada a nível económico», sublinha.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Viana de Carvalho: «Se querem mudar têm de votar em nós»


Ex-"vice" financeiro no último mandato de Cabral Ferreira, o economista, de 54 anos, decidiu avançar às eleições de dia 18 em nome de um projeto que garante ser razoável. Licenciado em 1979 pelo ISCTE, em Organização e Gestão de Empresas, o sócio n.º 1747 está convencido de que o Belenenses vai ficar na Liga, mas deixa um alerta aos eleitores.

RECORD - Porque razão tomou a decisão de candidatar-se à presidência do Belenenses?

VIANA DE CARVALHO - Nesta altura de crise que o Belenenses atravessa achei que o melhor contributo que poderia dar ao clube era formalizar uma candidatura e proporcionar aos sócios uma opção para a Direcção. Penso ser um dever dos sócios chegarem-se à frente e darem a cara para ajudar o clube. Foi essa a motivação, além de querer continuar algum trabalho que foi pensado na altura da candidatura do eng. Cabral Ferreira e que, por razões infelizes que todos nós conhecemos, acabaram por não se concretizar. Havia uma série linhas que queremos explorar.

R - Assume, portanto, uma linha de continuidade em relação ao malogrado eng. Cabral Ferreira?

VC - Não, não se trata de uma linha de continuidade. Havia ideias e uma série de questões que foram pensadas e debatidas, mas que não foram implementadas. Portanto, esta será uma nova linha sem esquecer que tanto eu como o Miguel Ferreira fizemos parte da última Direção do eng. Cabral Ferreira. Logo, pensamos aproveitar e desenvolver algumas das ideias que ficaram por concretizar.

R - Considera que essas ligações da sua lista ao passado recente do clube serão uma vantagem ou desvantagem na hora dos sócios decidirem em quem votar?

VC - Olhe, cada cabeça sua sentença. Tive muita honra de servir o Belenenses na Direção do eng. Cabral Ferreira que, alguma forma, acabou mal começou pois tomámos posse em maio e, em junho, deram 7 meses de vida ao presidente. A partir daí, foi uma situação muito difícil e desgastante em termos psicológicos e de trabalho. Mesmo assim, foi uma experiência muito gratificante e enriquecedora já que me deu um conhecimento muito grande do clube e uma perspetiva exata do dia-a-dia. Portanto, considero tratar-se de uma vantagem.

R - Porque motivo os sócios hão-de votar em si e não no seu adversário?

VC - Basicamente pelo nosso projeto, que é estratégico, coerente e integrado. Além disso, defende o património do Belenenses até às últimas consequências e é um projeto desportivo, sendo suscetível de puxar este nosso sentir o Belenenses para patamares muito mais altos daqueles que têm sido alcançados nos últimos tempos. Se os sócios querem mudar e, de facto, querem mais do que têm hoje, só têm uma alternativa que é votar em nós!

R - A tónica do seu discurso é, portanto, a mudança...

VC - O clube precisa de mudar no dia 18 e, de facto, a avaliação que fiz num artigo de opinião em Setembro, para o jornal Record, confirmou-se em absoluto. Defendi na altura que uma Comissão de Gestão não era boa para o clube, dei a cara pela minha opinião e disse que o clube precisava de uma cara eleita pelos sócios. Devia ter havido eleições e, se calhar, se isso tivesse acontecido não estávamos na situação em que estamos. A realidade dos factos, hoje, veio dar-me razão.

R - No seu programa eleitoral propõe-se apostar numa equipa profissional competitiva que possa lutar pelos primeiros lugares da tabela. Dada a conjuntura atual, com a equipa nos últimos lugares, acha possível fazer isso já na próxima época?

VC - Penso que devemos tomar boas decisões e as boas decisões tanto se tomam em alta como em baixa. Uma das questões que consideramos essencial é termos bom-senso, pragmatismo e tomar boas decisões sem andar ao sabor do vento. Só sabendo exatamente o que queremos fazer é que poderemos construir o caminho degrau a degrau. Com uma estratégia clara estou plenamente convencido de que poderemos melhorar a competitividade da equipa e gerir o grupo de trabalho com compreensão e diálogo, mas com decisões objetivas sem fugir aos problemas.

R - Insisto. A equipa está no penúltimo lugar da Liga. Para a colocar a lutar pelas posições cimeiras será preciso uma profunda remodelação do plantel...

VC - Permita-me discordar. Acho que esta equipa tem valor, mas não consegue ter a tranquilidade necessária para apresentar no relvado o futebol que sabe praticar. E isso tem a ver, provavelmente, com uma série de situações que poderão extravasar o próprio recinto de jogo. Daí ser importante deixar esta mensagem de tranquilidade à equipa. É necessário que os jogadores joguem aquilo que sabem e, mantendo-se o grupo de trabalho coeso, estou convencido de que é possível fazer melhor. Tenho muita fé que a equipa vai superar as dificuldades, sem prejuízo de estarmos disponíveis para, logo no dia 20 ou mesmo a 19, tomarmos conta da SAD para começar a inverter a situação porque há que mudar. Há que tomar boas decisões, acompanhar o plantel dia-a-dia e ajudar a equipa a superar esta fase difícil. É preciso fazer uma rápida avaliação da situação real, a qual desconhecemos. Pedimos algumas informações ao presidente da AG em exercício, que ainda não nos deu porque, certamente, ainda não lhe facultaram.

R - E Jaime Pacheco será o seu treinador?

VC - Jaime Pacheco é o treinador do Belenenses e é com ele que nós contamos. Em termos futuros, será necessário fazer uma avaliação do que existe em cima da mesa, nomeadamente em termos da duração do contrato. Diz-se que é válido até final da época, mas diz-se tanta coisa. Uma coisa é certa: o treinador será das primeiras pessoas com quem vamos falar.

R - Até ao final da campanha eleitoral vamos ver anúncios de reforços para a próxima época por parte da sua candidatura?

VC - Já disse que não sou um vendedor de sonhos. Interessa-me o rigor, apostar na tranquilidade desta equipa e que ela jogue aquilo que sabe. Não vou destabilizar com anúncios de qualquer ordem porque, acima de tudo, quero que o Belenenses ganhe sempre e, repito, esta equipa vai ganhar!

R - Até onde chegam as reais possibilidades do clube em termos de orçamento para o futebol?

VC - Olhe, não gosto de falar daquilo que não conheço porque gosto de me suportar em coisas reais e concretas. Teorizar não é o meu forte, mas falam-me que o orçamento da SAD é muito alto, entre 8 e 10 milhões. Portanto, tenho dificuldade em pronunciar-me quanto a isso porque não sei se é mais ou menos. O que é importante é, logo no dia a seguir às eleições, fazer uma avaliação do que está em cima da mesa e ter a capacidade de tomar as melhores decisões consoante aquilo que encontrarmos. Preocupa-me se esse orçamento não tem cobertura financeira, ou seja, se a despesa não tem cobertura do lado da receita. Temos medidas pensadas e programas para aumentarmos a receita pois não podemos ter défice! Em rigor, isso não deverá acontecer, mas se houver temos de avaliar qual a real dimensão.

R - Caso seja eleito, qual será a primeira medida que tomará?

VC - A primeira coisa que vamos fazer é uma avaliação rápida. Depois, há medidas que teremos de tomar a curto, a médio e outras com impacto a longo prazo. Estamos preparados para tomar essas medidas. Claro que não é logo no dia a seguir que vamos resolver os problemas do clube e da SAD, mas temos a capacidade para avaliar bem e tomar as melhores decisões.

R - As eleições em clubes de futebol têm sempre uma forte componente emocional. Sente que a conjuntura negativa da equipa pode ajudar a sua candidatura?

VC - Penso que sim. Logo a seguir às eleições vamos estar a falar com os jogadores, incentivando-os, motivando-os e resolvendo os problemas que estejam pendentes como, por exemplo, os alegados ordenados em atraso. Será das nossas primeiras preocupações e, caso se confirme, resolveremos isso desde logo. Isto tudo para que a equipa possa, ainda esta época, ultrapassar os desafios que se colocam e garantir a permanência na Liga.

R - Há quem diga que cada derrota do Belenenses representa mais votos para a sua candidatura...

VC - Quero que o Belenenses ganhe todos os jogos, em todas as modalidades! Temos uma mensagem e um programa independentes dos resultados desportivos. Agora, os sócios têm de valorizar o nosso projeto por aquilo que ele diz e pelo que representa. Que fique claro: não fico nada contente e tenho sofrido muito nos últimos jogos por ver a equipa com resultados menos positivos. Quero que o Belenenses ganhe sempre!

R - Caso o Belenenses venha a ser despromovido à Liga Vitalis, o seu projeto continuará a fazer sentido?

VC - Sempre. Se calhar ainda mais na medida em que será preciso ainda maior rigor, bom senso na tomada de decisões e não cair na tentação de fazer asneiras. Logo, como o nosso projeto é alicerçado na razoabilidade das coisas, mais importante ele se torna para o Belenenses. Contudo, não nos passa pela cabeça descer de divisão. Acho que, independentemente do resultado do próximo sábado, com o V. Setúbal, a partir do dia 20 vamos ajudar a equipa a superar os seus p roblemas.

R - Sente que vai vencer no dia 18?

VC - Sinto, claramente, que vou ganhar. Tenho recebido bastante apoio das pessoas, as quais são recetivas à nossa mensagem e ao nosso programa porque sentem que é preciso mudar já que não é possível continuar como está.

«Não aumentámos passivo»
NOS 7 MESES EM QUE ESTEVE NA DIREÇÃO

R - De quem é a culpa da difícil situação financeira e desportiva que o clube travessa?

VC - Em todos os momentos da vida do nosso clube temos de viver com aquilo que temos e sermos imaginativos para aumentar o que termos. Mas, por vezes vivemos acima das nossas possibilidades. Devo dizer que nos 7 meses em que estivemos na Direção não aumentámos passivo! Segundo as minhas contas, é preciso recuar a 2002 para encontrar uma Direção que tenha gasto menos do que nós em termos de despesa efetiva. Fizemos uma gestão rigorosíssima apesar de termos começado a pagar novas despesas como, por exemplo, o PEC. Houve uma ou duas coisas que não correram da melhor maneira, mas assumimos e demos a cara. Contudo, houve muitas outras coisas que correram bem e ninguém pode dizer que aumentámos o passivo.

R - Como classifica o mandato de Fernando Sequeira?

VC - É uma situação que não foi positiva para o clube porque foram 5 meses muito especiais que vão marcar a vida no clube nos prólximos 5/10 anos.

R - Os sócios ficaram mais exigentes desde a súbita demissão do anterior presidente?

VC - Estou convencido que sim. Todos nós devemos ter a humildade para aprendermos com as experiências que vamos vivendo.

«450 mil euros dá para 3 semanas»
VENDA DE 9 POR CENTO DA SAD A ANGOLANOS

R - Qual a sua opinião acerca da abertura capital da SAD ao exterior?

VC - Já exprimi a minha opinião em AG. Por princípio, não estou nada contra a venda desses 9% da SAD a terceiros pois estão disponíveis e podem ser vendidos. Agora, o que disse aos sócios em AG é que uma coisa é o valor nominal das ações e outra coisa poderá ser o valor que elas devem ter para nós sócios. Por outras palavras, as coisas devem ser mais abrangentes do que apenas uma operação financeira. O Belenenses deve potenciar as suas parcerias. Desconheço as condições do negócio, mas defendo que uma operação estratégica deve ser feita na perspetiva de criar riqueza e desenvolvimento para o clube a longo prazo. Não sei se é isso que está em cima da mesa, mas para mim a venda desses 9% deviam implicar lucro para o futebol do Belenenses. Porque repare, se os números que se falam por aí sobre o orçamento da SAD estiverem corretos, 450 mil euros equivale a um mês de salários ou menos. Portanto, o dinheiro que entra dará para 3 semanas. Se não houver mais nada...

«É fundamental preservar o património»
CANDIDATO DIZ QUE É O SEU PRIMEIRO COMPROMISSO COM OS SÓCIOS

R - Qual é a sua posição quanto a um eventual projeto imobiliário para o Restelo?

VC - Diria que o nosso primeiro compromisso com os sócios é preservar o património do Belenenses. Se alguma vez o clube cair na tentação fácil de alienar o seu património, na minha opinião pessoal, terá um futuro muito limitado. Pensamos que o complexo desportivo do Restelo deve estar totalmente virado para o desporto e qualquer projeto imobiliário tem de respeitar isso. Não queremos que aconteça o mesmo que a outros clubes, os quais resolveram os seus problemas durante alguns anos através da venda de património, mas depois o dinheiro gasta-se rapidamente devido a uma gestão com paixão e pouca razão e depois não há mais... É fundamental que o Restelo permaneça para sempre na posse do Belenenses! É o meu primeiro compromisso com os sócios e não sou mentiroso.

R - Em traços gerais, em que consiste o sistema de controlo orçamental preconizado pelo seu programa?

VC - Durante 7 meses em que estive na Direção, tentei aprofundar e melhorar o controlo das contas do clube em vários níveis. Iniciámos um trabalho que não sei se continuou ou não, mas queremos acompanhar dia-a-dia os movimentos de receitas e despesas pois só assim é que poderemos travar ou acelerar em caso de necessidade. É possível fazer isto com rigor. Aliás, fizemos isso graças à contratação de uma empresa para executar esse trabalho.

R - A ideia é ter a todo o momento uma ideia exata da situação financeira...

VC - Exato, dia-a-dia. Se tivermos um orçamento de despesa que prevê gastar 5 milhões suportados por entradas nesse valor, caso haja um atraso ou uma não confirmação nas entradas teremos de travar alguma coisa nas despesas. E essa decisão terá de ser tomada na hora porque senão depois acontece o que sucedeu no passado: dívidas e mais dívidas como, por exemplo, o Plano Mateus, o Totonegócio e o PEC. Isto porque o clube não tinha uma estrutura montada.

R - Que medidas tem em mente para aumentar as receitas?

VC - Uma das primeiras medidas quando tomarmos posse será a formação de um Departamento Comercial. Vamos contratar um profissional e colocá-lo no terreno, junto das empresas em busca de patrocínios. Agora, não pode é ser um amigo que está desempregado, é simpático e até tem um pouco de jeito. Não é isso que queremos, mas sim um profissional contratado com rigor junto de uma empresa especializada no contacto com comerciais. Tem de ser um profissional que tenha na sua agenda contactos de toda a gente que é importante no país em termos comerciais e marketing.

R - Dada a crise atual, pensa que o tecido empresarial estará recetivo a investir mais em clubes de futebol?

VC - Hoje em dia, as empresas gostam de proporcionar situações contratuais vantajosas a grupos de pessoas e o Belenenses pode aproveitar isso. Esse departamento comercial também vai angariar novas possibilidades de fazermos receitas e há muitas no mercado. Temos instalações num local privilegiado e podemos pensar numa série de outras receitas com vantagens para os sócios na área lúdica, comercial e outras. Basta oferecermos a nossa marca e as possibilidades do nosso complexo desportivo.

R - Essa pode ser uma forma de atrair mais sócios?

VC - Uma das nossas ideias é fazer renascer a mística do Belenenses. Todos nós temos o clube no coração, mas precisamos de potenciar esse ego através de iniciativas integradas. Temos muitos adeptos que não são sócios, outros que deixaram de ser filiados e há que criar condições para que seja atrativo ser do Belenenses. Por exemplo, já tínhamos negociado um cartão de sócio com uma instituição bancária que era vantajoso para os sócios. É importante recuperar essa lógica de compensar ser sócio do clube.

«As modalidades são importantes»
AUTO-SUSTENTAÇÃO É O CAMINHO A SEGUIR

R - No seu programa diz que o clube só pode ter uma ou duas modalidades a lutar pelo título. Quais são?

VC - Temos vindo a reunir com todas as modalidades de forma a percebermos os projetos que cada uma delas tem. O clube é e será aquilo que os sócios querem que venha a ser. Compete-nos a nós orientar e gerir estrategicamente a vida do clube de acordo com o sentir dos sócios. Por isso é que, por iniciativa minha, fizemos um inquérito aos sócios nos últimos meses da nossa gestão. Não sei se esse inquérito foi tratado, mas é uma indicação clara da forma como pretendo gerir o clube, ou seja, ouvindo os sócios. Tomando as decisões que tenho de tomar, mas sentir aquilo que os sócios querem do clube. As modalidades são importantes e estamos disponíveis para potenciar todo o complexo desportivo para a prática do desporto. É uma avaliação que está em curso, sendo certo que a lógica do clube é que não há dinheiro para entrar em loucuras e o caminho da auto-sustentação tem de ser seguido.

R - O que, segundo números divulgados há não muito tempo, está longe de acontecer...

VC - Por aquilo que me dizem, a maior parte das modalidades terão algum controlo neste momento. Falta-me validar essa informação com elementos contabilísticos de que ainda não disponho, mas considero que os números apresentados há algum tempo pela Comissão de Gestão são parciais. Estive presente nessa AG e não fiquei esclarecido porque só falaram de duas ou três modalidades.

R - Não pensa que essa vontade em ouvir os sócios poderá complicar a tomada de decisões?

VC - Não. É fundamental chamar as pessoas, mas sei tomar decisões e assumir o ónus delas. Agora, gosto de ouvir a opinião das pessoas, sendo que caberá a mim tomar as decisões. A nossa Direção terá 9 pessoas e a vida do clube não se esgota num tão reduzido número de pessoas. Só envolvendo o máximo de pessoas possível é que poderemos fazer mais e melhor. Esta é a minha maneira de estar na vida e é assim que quero gerir o Belenenses.

«Vamos criar uma Fundação»
META É AUMENTAR INTERVENÇÃO NO CAMPO SOCIAL

R - O que pensa do pedido de impugnação apresentada por José António Nóbrega?

VC - O que for será. Enquanto candidato, terei de me submeter àquilo que juridicamente estiver correto. Dado o esforço que as pessoas fizeram para se apresentarem aos sócios, tenho pena se não puderem participar.

R - Em que consiste o projeto de criar uma Fundação Belenenses?

VC - O Belenenses é um clube com uma posição privilegiada no âmbito desportivo e social, mas pode ir mais além. Podemos aumentar a nossa intervenção ao nível social e, nos tempos de crise que vivemos, temos essa responsabilidade e dever. A criação dessa fundação pode contribuir para que várias crianças desfavorecidas possam ter acesso ao desporto, educação e saúde. Se isso acontecer, enquanto adepto, ficarei bastante contente. Mas, se calhar, também poderá desenvolver programas visando a melhoria da saúde dos sócios, sem esquecer a vertente cultural. Temos sócios de referência no clube, já falei com alguns e estão disponíveis para ajudar em diversas ações numa lógica paralela ao clube.

R - Vai pugnar pela recuperação das Salésias?

VC - É um objetivo que todos os sócios gostariam de ver concretizado. Será preciso juntar as boas vontades de, pelo menos, 4 entidades e que haja estabilidade, tanto da parte dessas entidades como do Belenenses. Uma vez que há várias eleições neste ano, não será o mais indicado para resolver este assunto. Mas, pensamos que também podemos gerir as Salésias e não vamos deixar cair esta pretensão que atravessa diversas Direções.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Caso Vinicius Arquivado

Foi hoje publicado o acórdão respeitante ao chamado Casos Vinicius e que a Comissão Disciplinar da LPFP, mandou arquivar.
Abaixo se transcreve parte do Comunicado nº 163 da LPFP.

Para ampliar clicar na imagem

sábado, 28 de março de 2009

Clube quer forte apoio em Coimbra

ABola Viagem e bilhete de jogo custam 11 euros por pessoa. Inscrições até dia 2 de Abril

Os dirigentes do Belenenses solicitam forte apoio dos adeptos num momento complicado da época (equipa está em penúltimo na Liga) e por isso estão a organizar uma excursão a Coimbra, para o jogo da próxima jornada, frente à Académica (dia 3). Os interessados que pretenderem acompanhar a comitiva terão de inscrever-se até dia 2 nas instalações do clube e despender 11 euros (direito à viagem e ao bilhete).


Marcos Affini mais um ano no Belenenses
Luís Filipe Vieira reuniu-se com o guarda-redes e ofereceu-lhe contrato elevado Brasileiro é um dos diamantes do Restelo

MARCOS AFFINI vai continuar a vestir de azul mais uma temporada. O acordo foi alcançado ontem pelo presidente da comissão de gestão do Belenenses, João Barbosa, que fez questão de tratar do caso pessoalmente. A familiarização com o clube e o apreço pessoal e profissional por Alípio Matos, treinador, foram fundamentais para o brasileiro decidir permanecer no Restelo, isto depois de ter sido convidado pelo Benfica para assinar contrato a partir da próxima temporada.
Marcos esteve recentemente reunido com o presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, e recebeu uma proposta financeiramente vantajosa. Porém, optou por continuar a vestir o emblema da cruz de Cristo, uma vez que é primeira aposta no conjunto orientado por Alípio Matos. No Benfica, teria a concorrência de Euclides Vaz, guarda-redes da selecção portuguesa.
No Restelo, o assédio ao jogador foi admitido, pelo reconhecimento do excelente percurso da equipa, que desde o início da época sempre se assumiu como candidata ao título, mas o director desportivo Nuno Lopes, não nomeou jogadores, preferindo generalizar:
«Todos os atletas do plantel têm contrato até final da temporada e uma vez que a época ainda está a decorrer parece-me algo prematuro estarmos a falar sobre transferências.»
REFORÇOS assegurados
Garantida a continuidade do treinador Alípio Matos, que prolongou contrato por mais um ano, o Belenenses já está nos bastidores a tratar da próxima época. Nesse sentido, A BOLA sabe que três jogadores já estarão comprometidos com o clube. Contudo, o segredo é a alma do negócio e os nomes dos três craques pescados no Brasil estão guardados a sete chaves.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Belenenses não vai descer de divisão

O sinal de alarme soou rápido no Restelo e Jaime Pacheco foi chamado à pressa com a missão de inverter uma situação cuja gravidade não era possível ocultar. Porém, foram muitos e grosseiros os erros no lançamento da época desportiva. Agora, é o tudo ou nada. Pacheco, «com 50 anos de bola e 30 de alta competição», já se habituou a sofrer...

QUANDO chegou ao Restelo sabia que a herança era pesada. Na Liga, a equipa ainda não tinha uma vitória sequer. Porque aceitou?

— Sabia que ia correr riscos, mas não tantos como, depois, me fui apercebendo. Quando estamos do lado de fora temos uma noção muito própria dos problemas dos clubes, mas quando entramos, e a partir do momento em que começamos a trabalhar, muitas coisas se nos deparam diariamente com as quais não contávamos.

— Insisto, por que aceitou?

— Pelo nome do clube, pelo peso da instituição, pelo seu passado, tudo contribuiu para a minha decisão. Quando recebi o convite do Belenenses, nem lhe sei explicar a sensação... Foi como se de repente me sentisse melhor treinador, e isso deu-me força para avançar e motivação para ultrapassar todas as vicissitudes.

— Está a ser romântico...

— Nada disso, o Belenenses é um emblema que nos habituámos a respeitar. Tem uma história muito grande e esse aspecto, repito, deu-me ânimo. As figuras deste clube também fazem parte da minha infância, dos cromos que eu coleccionava com tanto entusiasmo. É evidente que não lhe vou dizer que sou conhecedor profundo da longa vida do Belenenses, mas posso considerar-me um seguidor atento a partir de Mourinho, do Quaresma, do Freitas, do Godinho, do Estêvão, do Laurindo, sei lá. Lembro-me de todos eles e todos eles tiveram em mim um admirador. E os mais recentes...

—Até parece que você do Belenenses desde pequeno...

— (risos) É um clube especial e muito me honrou a sua preferência pela minha pessoa. Porque aceitei? Por tudo o que acabei de lhe dizer e por me sentir com competência para ajudar.

— Não está a ser fácil...

— Pois não. Repare, não é simples lidar com um plantel de 30 jogadores. É demasiado para quem está apenas nas competições nacionais...

— Jogadores porventura adquiridos sem uma política de contratações definida...

— Da época transacta resistiram para aí meia dúzia e dos que entraram a maior parte não se conhecia. Nunca pus em causa a seriedade deles, mas depressa verifiquei que a qualidade técnica de alguns era, no mínimo, muito duvidosa, como veio a confirmar-se.

— Como procedeu?

— Em traços muito gerais posso dizer que me baseei nos que transitaram de época e em relação aos outros dei preferência aos que já conheciam bem as características do futebol português, como é o caso do Wender, por exemplo.

— Mas o processo demora a dar frutos...

— Estamos a trabalhar de uma forma sustentada. Devo recordar, no entanto, que até nem começámos mal. As coisas correram como inicialmente planeámos. O problema é que apanhámos depois aquele ciclo terrível de jogos. Empatámos com o Benfica mas perdemos com o Sporting e o FC Porto. Penso que neste jogo perdemos bem, mas com o Sporting faltou-nos aquilo a que se chama espírito de equipa e que muitas vezes ajuda a ganhar.

— O ano de 2009 trouxe gente nova para o plantel...

— Entrámos no nosso campeonato propriamente dito a seguir e isso coincidiu praticamente com outra remodelação do plantel. Isto já em Janeiro. Antes fizéramos uma avaliação do plantel e só fomos buscar gente criteriosamente escolhida, onde foi preciso aliar dois factores, qualidade e disponibilidade financeira. Neste sentido a minha prioridade virou-se para os chamados jogadores de equipa, que faziam falta a este grupo.

— Quer pormenorizar?

— O Ávalos e o Diakité já tinham sido meus jogadores e o Tininho veio para uma lugar muito carenciado. O Saulo trouxe a velocidade de ponta que faltava à equipa. Houve ainda a intenção de determinado central estrangeiro, mas como não foi possível por questões de orçamento fomos buscar o Zarabi. Estamos satisfeitos com todos. Foram bem acolhidos pelo plantel, a sua integração deu-se muito mais depressa do que seria previsível. As qualidades desportivas e humanas por eles evidenciadas também contribuíram para isso.

— Valeu a pena?

— Valeu. Todos têm acrescentado mais riqueza ao grupo.

— Há muito que se lamenta o pouco investimento nos jovens do clube. Concorda?

— Ainda bem que me coloca a questão. De facto, as dificuldades pontuais não permitiram que tivéssemos alargado o leque de escolhas a mais jogadores da formação, mas é muito grande o cuidado com os mais novos. Eu e o departamento júnior, liderado pelo Rui Jorge, mantemos uma colaboração muito valiosa. Já temos quatro ou cinco elementos que de um momento para o outro podem saltar para a equipa sénior e quando falo em saltar quero dizer jogar.

— Quer dar exemplos?

— Já aconteceu com o Pelé e o André Almeida e brevemente poderá verificar-se a integração total de ambos em termos competitivos, porque no trabalho diário há sempre dois ou três jovens a treinarem-se com os principais. Ora um ora outro fazem parte das convocatórias, mas há outros miúdos como o Paiva ou o Fredy que reúnem condições para serem promovidos.

—Quando? Com a equipa tão em baixo...

— Sabe uma coisa, sou muito positivo, agora como treinador como sempre fui como jogador. Já passei por muitas adversidades. O meu princípio como treinador foi numa situação muito semelhante a esta. Aí ainda jogava, no Paços de Ferreira, e ficámos no nono lugar. Gosto de falar pouco de mim mas se não falamos naquilo que temos de bom para oferecer as pessoas esquecem-se...

— É algum recado?..

— (risos) Não, mas num espaço muito curto fiz coisas que talvez muito poucos conseguiram. Basta reparar nesse meu princípio como treinador, nos quartos e quintos lugares que tenho para apresentar no currículo, mais dois segundos lugares e ainda a título de campeão nacional. E não foi no FC Porto, no Benfica ou no Sporting... Costumo dizer que já levo 50 anos de bola e 30 de alta competição.

— Não há segredos para si?...

— Joguei em equipas pequenas e grandes e treinei equipas pequenas e grandes; para não falar no plano internacional. Com toda a sinceridade considero que tenho muita tarimba disto e recolho igualmente muita da experiência que fui adquirindo enquanto jogador.

— Isso é uma mensagem de esperança para os adeptos?

— Para os adeptos e não só. Confio muito nos jogadores que trabalham comigo. Se visse que não tinha jogadores que me permitissem ter esta confiança, resguardava-me, nem dava a entrevista ou então optava por uma entrevista mais cuidadosa. Mas não. Confio neles e sei que todos os dias, principalmente depois do estágio em Quiaios, demonstram um espírito solidário verdadeiramente notável em todos os aspectos. Um ambiente forte e sadio que me faz acreditar.

— Chega para evitar a despromoção?

— Não tenho dúvidas. A reposta de todos eles é extraordinária.Trabalham muito. Têm consciência das necessidades do clube e sabem que tudo depende do seu desempenho, da sua atitude. Sinto-me meramente como porta-voz deles, daquilo que eu sei que fazem, cada vez mais e melhor.

— Não haverá excesso de entusiasmo?

— Admito que estou a ser desafiador à minha própria pessoa e ao grupo. Se tivéssemos começado de princípio com este plantel estaríamos em classificação confortável. Mas como em tudo na vida o que nasce torto demora a endireitar-se... Temos de apelar a todas as nossas qualidades para sairmos desta situação e vamos sair.

— O que mudou então?

— Olhe, o sentimento de derrota. Agora os jogadores sofrem. Você entra na cabina e depara-se-lhe um ambiente pesado, de silêncio medonho. Eles estão consciencializados para os objectivos e para aquilo que têm de fazer até ao fim.

— É a ponta de sorte que falta?

— O que é que nos faltou para ganhar em Paços ou em Leixões? Ou no Nacional? Aqui com a Naval ou com o Estrela? A nossa equipa joga bem.

— A conversa já vai longa e os adeptos pretendem uma resposta: o Belenenses desce ou não?

— Não tenho nenhuma varinha mágica, mas em consciência lhe digo, o Belenenses não desce! Se não tivesse resposta positiva e confiante pedia-lhe para não me fazer a pergunta ou então o primeiro a abdicar seria eu. Se não acreditasse no meu grupo seria o primeiro a dizer: não vale a pena. E não digo!

— Razão para tanta confiança?

— Porque a minha equipa é boa. É melhor do que outras em posição mais tranquila.

Um protocolo com Angola para o futuro

O Belenenses assumiu uma parceria com o Kabuscorp, que está a participar no Torneio Internacional do Belenenses com a sua principal equipa de andebol. Um acordo entre dois clubes que não se resume a simples assinatura de documentos, como salienta Jaime Pacheco:

«Fizemos uma viagem de risco a Angola visando o presente mas igualmente o futuro. Essa viagem longa, com um jogo no meio de uma competição, foi um risco que temos de assumir de forma construtiva, salvaguardando os superiores interesses do clube. Agora, as pessoas poderão dar pouca importância a este protocolo, mas vai ser muito importante, sobretudo ao nível de cedência de jogadores, por exemplo. Temos de estar abertos e receptivos e só falo nisso para retractar a realidade e não me desculpar com o que quer seja.»

A dor de andar com a casa às costas

O treinador deixa agradecimentos a quatro clubes que o ajudaram: «Coloco sempre os interesses do clube acima de tudo e por isso aceito as dificuldades. Atravessámos uma fase muito crítica em relação ao desenvolvimento do nosso trabalho. Tivemos as más condições climatéricas, como os outros, é certo, mas a nós atingiram-nos com mais força. Para trabalhar tivemos de nos deslocar a Almada, a Palmela, a Sesimbra e a Massamá. Queria realçar a simpatia e os espírito de colaboração desses clubes, mas, como se vê, fomos obrigados a andar com a casa às costas. Nos planos físico e técnico, mudar tantas vezes de campo com pisos diferentes contribuiu para que tivéssemos deixado fugir alguma sequência qualitativa que alcançáramos até aí. No entanto, fomos prudentes no sentido de não enfraquecer a equipa com lesões, como esteve para acontecer com o Vinícius.»

A jogar desde os 17 anos
«Passei por tudo, como jogador comecei nos distritais, aos 17 anos, e cheguei a campeão europeu. Como treinador subi a pulso, desde baixo, e atingi quase o céu. Acho que tenho competência. Houve um ano ou outro em que as coisas não me correram de feição, é verdade, mas nunca fui um treinador com influência directa nos plantéis. Sujeitei-me sempre a trabalhar com o que tinha.»

Radiografia belenense
«Já fiz uma radiografia ao clube. Com tempo e espaço há coisas a mudar na organização São muitas peças. Se me quiserem dar oportunidade para reorganizar como gosto e como já fiz, o clube fica mais forte.»

Brilhar na Europa
«Com uma equipa modesta fui à Liga dos Campeões e atingi uma meia-final da Taça UEFA, com
Ávalos, Filipe Anunciação, Jorge Couto, Martelinho ou Jorge Silva, jogadores simples e modestos mas com uma vontade...»

quinta-feira, 26 de março de 2009

Marcelo: «Temos qualidade para dar volta por cima»

Record AVANÇADO CONFIANTE PARA AFASE FINAL DA LIGA

O avançado Marcelo manifesta esperança na recuperação do Belenenses rumo a um lugar seguro na classificação da Liga Sagres, destacando a qualidade do plantel do clube lisboeta.

"Já demonstrámos ter qualidade humana suficiente para dar a volta por cima. Jogamos com a Académica e com o Vitória de Setúbal e não podemos deixar fugir os nosso adversário diretos", sublinhou.

"Ainda não fizemos bem as contas mas teremos de ganhar pelos menos quatros dos últimos oito jogos", acrescentou o dianteiro dos azuis do Restelo.

TORNEIO INTERNACIONAL ORGANIZADO PELOS AZUIS

Belenenses e Kabuscorp na final

Belenenses e Kabuscorp (Angola) disputam hoje (21.30) a final do Torneio Internacional organizado pelo clube do Restelo, após vencerem CDE Camões (38-23) e Ginásio do Sul (28-25), respetivamente. O 3.º/4.º lugares joga-se às 19.45.

Marcar para chegar à meta

OJogo

Marcelo tem uma missão nesta ponta final da época: cumprir a promessa feita a si próprio de marcar pelo menos dez golos na Liga portuguesa. Para já, o avançado só leva três na contabilidade mas garante que, nos oito encontros ainda por disputar, espera assinar no mínimo mais... sete golos.

"O meu plano era fazer dez golos. Isso ainda não aconteceu mas estou a tempo. No início demorei a entrar no ritmo de cá e no último jogo (Estrela da Amadora) não tive sorte mas estou a ter oportunidades e espero dar a volta por cima", afirma o experiente jogador. Com uma carreira variada e onde se destaca uma passagem significativa pelo México, Marcelo está confiante que a maré vai mudar para a equipa de Jaime Pacheco. Afinal, tudo depende do espírito da equipa nesta recta final de uma Liga pouco vulgar na história do Belenenses. "Quando cheguei a Portugal e vi a grandeza do Belenenses, nunca imaginei que iríamos passar por isto. Sabemos que, até final, temos de ganhar pelo menos quatro dos oito jogos que faltam e as partidas em casa serão cruciais. Não podemos deixar escapar pontos contra adversários directos mas acredito que faremos uma grande reviravolta", promete o camisola 17.

A actual classificação do Belenenses, na cauda da tabela, não agrada a Marcelo que entende haver "um complemento de factores" entre eles a falta de sorte. "A sorte não tem estado do nosso lado nalguns jogos, onde tivemos oportunidade para matar e não conseguimos. Mas temos muita qualidade humana", assegura Marcelo.

Quanto a Jaime Pacheco, o avançado mostra fé no técnico, apesar dos resultados. "Não houve desmotivação pois quem tem mais a perder se descermos somos nós próprios. Desde que chegou, Jaime Pacheco incutiu a sua mentalidade ganhadora", diz.

MOMENTOS ALTOS

Nacional

Marcelo entra na ponta final da partida para assinar o 2-2, após passe de Vinícius. Os insulares, no entanto, fariam mais dois golos.

Trofense

Após lance pela direita, Silas coloca em Marcelo que, de forma acrobática, reduz para 1-2 e abre portas à recuperação. No fim, triunfo belenense por 3-2.

Sporting

Passe de Saulo com Marcelo a antecipar-se de cabeça para o 1-0. Os leões ganhariam por 1-2.

Celestino na Lista

Médio leonino que está na Amadora tem sido alvo de várias observações Empréstimo equacionado se equipa ficar na Liga

Apróxima época ainda está distante mas o departamento de prospecção do Belenenses já prepara o futuro — embora condicionado com a actual classificação da equipa, longe de garantir a manutenção na Liga.


Mesmo assim, a equipa de prospecção, liderada por João Freitas, tem realizado várias observações a diversos jogadores nacionais, no sentido de apetrechar o plantel azul de maior qualidade em 2009/10. Nesse grupo está o médio-centro Celestino, contratualmente ligado ao Sporting até 2010 e que está cedido ao Estrela da Amadora até final da temporada.


O Belenenses tem acompanhado o crescimento do jogador na Amadora, principalmente esta época, na qual está a ser mais utilizado. E Celestino preenche todos os requisitos da SAD: internacional jovem, com grande margem de progressão; pode chegar por empréstimo, o que pode baixar o encargo do vencimento; polivalente no meio-campo, criativo e bom marcador de bolas paradas.


No final do campeonato, caso o Belenenses garanta um lugar na Liga em 2009/10, a Administração vai conversar com o jogador e com o Sporting para tentar o empréstimo.


Marcelo crê na recuperação


O avançado Marcelo Faria chegou rotulado de goleador, mas ainda não conseguiu mostrar em Portugal a fama que deixou no Brasil. Com apenas 4 golos, deseja atingir os 10, mas não faz disso grande batalha, pois o objectivo é ajudar o Belenenses a atingir o intento maior: a manutenção.


«Dos oito jogos, temos de vencer pelo menos quatro. Não podemos perder pontos e acredito na reviravolta», lançou ontem o brasileiro, salientando que o grupo está motivado para vencer o jogo com a Académica

terça-feira, 24 de março de 2009

João Barbosa admite atraso... de 18 dias

NO PAGAMENTO DO SALÁRIO DE FEVEREIRO

O coordenador da Comissão de Gestão do Belenenses, João Barbosa, disse hoje que existe "um atraso de 18 dias" no pagamento do salário de Fevereiro à equipa, penúltima classificada na Liga portuguesa de futebol.
João Barbosa, que apresentou a sua lista candidata aos órgãos sociais do Belenenses nas eleições de 18 de Abril, notou que o ordenado de Fevereiro venceu "a 5 de Março" e que "apenas existem alguns dias de atraso", não revelando quando é que a situação ficará resolvida.
O dirigente sublinhou que não existem mais ordenados em atraso no clube e que a equipa principal de futebol é a única situação que não está em dia no Belenenses.
O vencimento de Janeiro da equipa do Belenenses foi regularizado de modo integral a 13 de Março.
Alício Julião rescinde
ACORDO ALCANÇADO COM O MÉDIO BRASILEIRO
Alício Julião chegou finalmente a acordo com o Belenenses para rescindir o contrato que tinha com o clube por mais 2 anos. O médio- defensivo brasileiro foi o último de uma lista de 5 jogadores dispensados por Jaime Pacheco (Vanderlei, Júnior Negão, Edimilson e Evandro Paulista já tinham chegado a acordo), aquando da chegada do técnico ao comando da equipa do Restelo.
Entretanto, o plantel dos azuis regressa hoje à tarde ao trabalho após dois dias de folga. Jaime Pacheco vai ter oportunidade de recuperar alguns jogadores lesionados, casos de Roncatto, Silas e Wender, dado que no próximo fim-de-semana a Liga continua parada devido aos jogos das seleções,
O campeonato vai entrar na reta final (faltam oito jogos) pelo que será, mais do que nunca, uma altura crucial para a equipa garantir a permanência, já que se encontra em penúltimo lugar com 17 pontos

João Barbosa pretende "um clube de excelência"
AMBIÇÃO NA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA CANDIDATURA

João Barbosa, líder da atual comissão de gestão do Belenenses, efetuou esta segunda-feira a apresentação pública da candidatura à presidência do clube nas eleições de 18 de abril, vincando a pretensão de ver os azuis com "uma participação mais ativa nos órgãos decisores do desporto nacional".
O dirigente frisou que a lista que lidera "não exclui ninguém" e que pretende "um clube de excelência no panorama desportivo nacional", assegurando que não abdicará dos princípios do rigor e da transparência "na defesa dos interesses do clube", envolvendo "todos, porque a lista não é redutora".
"Nesta campanha, apresentaremos projectos e ideias, mas também soluções para os problemas de curto e médio prazos", acrescentou, sublinhando que a sua candidatura apenas estará disponível para abordar medidas. "Para outro tipo de discussão, não contem connosco", lembrou. Sob o lema "Rigor, Modernização e Ambição", João Barbosa entende que existem factores importantes "para o crescimento sustentado", salientando "a modernização e melhoria de serviços, uma política adequada de recursos humanos, uma oferta da qualidade ao nível de instalações, ao nível dos técnicos e ao nível das infra-estruturas de lazer".
Barbosa destacou ainda a importância de "alargar a base actual" de sócios e simpatizantes, através de "políticas adequadas, com acções concretas, usando a criatividade e a imaginação como ferramentas e as parcerias com entidades e instituições como meios de alcançar o pretendido".
O candidato não evitou abordar o futebol e mostrou-se convicto de que a equipa, penúltima classificada na Liga, vai manter-se na elite nacional. "Temos de estar todos - sócios, atletas, técnicos e dirigentes - unidos para que o objectivo desta época seja alcançado. Neste capítulo, a coesão é essencial", afirmou, revelando que, após reunião com Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, para transmitir preocupações com arbitragens alegadamente prejudiciais ao clube, "a situação evoluiu positivamente".
O atual líder da Comissão de Gestão revelou ainda a pretensão de "recuperar as Salésias, levar o Belenenses às escolas e as escolas ao Belenenses, apostar ainda mais forte na formação - em todas as modalidades - e expandir a área de implantação" do clube.

Os três desígnios de Barbosa
Rigor, modernização e ambição são metas do candidato pela Lista B Candidatura foi ontem apresentada oficialmente União foi, porventura, a palavra mais focada no acto

JOÃO BARBOSA, actual líder da Comissão de Gestão do Belenenses e candidato pela Lista B às eleições do clube, agendadas para o dia 18 de Abril, apresentou ontem, de forma oficial, os nomes que o vão acompanhar no acto eleitoral, ainda que, no que às pastas dos vice-presidentes diz respeito, nada tenha sido para já divulgado.
Perante uma sala bastante bem composta — o espaço, diga-se, também não era amplo... —, o candidato deixou bem claros os objectivos caso chegue à liderança do clube e sintetizou-os em três palavras: rigor, modernização e ambição.
No seu curto discurso e, depois, nas respostas aos jornalistas, João Barbosa, que saudou a Lista A, liderada por Viana de Carvalho, falou várias vezes na palavra união, considerando este ser um factor essencial para que o Belenenses continue a escrever páginas bonitas no futebol português. «Esta candidatura não é redutora, não exclui ninguém. São todos bem-vindos. Só seremos mais fortes se soubermos respeitar as diferenças de opinião. Temos um programa que pretendemos seguir, mas os que vierem por bem estão connosco. A união é fundamental», disse o candidato da Lista B, acompanhado na mesa de honra por Humberto Azevedo, António Mendes de Almeida, Nuno Valério, Sílvia Gabriel e Vítor Ennes.
«Não é o João Barbosa que se candidata, que isto fique bem claro. É um conjunto de pessoas que estão aqui com um único interesse: ajudar o Belenenses. Queremos fazer do Belenenses um clube de excelência. Não acreditamos em nomes, mas sim em equipas. E esta é forte e de trabalho», realçou.
Acabou a simpatia
Barbosa falou, em traços gerais, de alguns assuntos relativos à vida do clube. Garantindo que deseja manter o ecletismo do emblema, Barbosa disse ainda, e no que ao futebol diz respeito, que o emblema quer deixar de ser simpático. «Pretendemos ter uma acção mais activa nos órgãos decisórios. O Belenenses não pode continuar a ser apenas um clube simpático. Somos simpáticos quando perdemos, toda a gente gosta de nós. Quando ganhamos é que é pior. Queremos deixar de ser simpáticos», disse João Barbosa, que deixou uma declaração... polémica:
— Os erros acontecem, mas há erros e erros. Recentemente fomos prejudicados em alguns jogos e, depois de uma conversa com o presidente da Comissão de Arbitragem, as coisas mudaram, evoluíram positivamente.
O candidato assumiu a importância do futebol profissional na vida do clube — «esta será uma época de sofrimento, mas, se todos remarmos para o mesmo lado, vamos conseguir ficar na Liga» —, falou em «herança pesada» e assumiu um atraso de 18 dias no pagamento dos salários dos jogadores. «Todos os restantes funcionários do Belenenses têm os salários em dia», ressalvou.
Quanto a uma eventual descida... «Não pensamos nisso, mas, se isso acontecer, teremos de reestruturar o nosso futebol. Apostar mais nos jovens, na formação e na prospecção. O mercado português seria prioritário, mas o Belenenses precisa de alargar os horizontes quando falamos em prospecção e precisa de encontrar novos espaços. Estamos muito empenhados nisso», garantiu. Quanto à continuidade de Jaime Pacheco e de Silas, o candidato foi cauteloso na resposta, sempre em nome da estabilidade necessária neste final de época.
BREVES

'Site' lançado esta semana
Ciente da importância da Internet nos dias que correm, João Barbosa prepara-se para lançar o site oficial da sua campanha ainda esta semana. A página vai disponibilizar toda a informação acerca do candidato.
Tanto barulho,
venha o 'micro'
João Barbosa apresentou a sua lista numa moderna unidade hoteleira situada em Belém. Numa sala ao lado, o barulho provocado por um grupo de crianças durante a cerimónia obrigou o candidato a recorrer ao microfone para se fazer ouvir. E passou a mensagem.
presidente da ag
muito confiante

António Mendes de Almeida é candidato à presidência da Mesa da Assembleia Geral e encerrou a cerimónia de ontem. «Desejo que a campanha corra de forma civilizada e que no fim ganhe o Belenenses. E nós acreditamos no nosso projecto», disse, confiante.
a 'gaffe' do porto de honra
Finda a apresentação, João Barbosa convidou os presentes para um «porto de honra». «Ou melhor, neste caso é um Belenenses de honra», atirou em jeito de brincadeira, arrancando gargalhadas na sala.
ecografia de silas acusa fibrose
O médio Silas, capitão da equipa do Belenenses, deslocou-se ontem a uma unidade hospitalar para se submeter a uma ecografia à coxa esquerda. O exame anulou o cenário de uma lesão muscular mais grave, tendo acusado fibrose. Nesse sentido, o jogador trabalhará mais alguns dias condicionado, mas a utilização no próximo jogo da equipa não está em risco. De referir que, após alguns dias de descanso, o grupo volta hoje da parte da tarde aos treinos.
alício julião rescinde contrato
O médio brasileiro Alício Julião, contratado no início da época mas que não conseguiu convencer Jaime Pacheco, tendo, por isso, sido dispensado pelo técnico, chegou finalmente a acordo com a SAD para rescindir o contrato que o ligava ao Belenenses por mais duas épocas. Desta forma, os azuis têm todos estes assuntos resolvidos.

Sevens trama Belenenses
Sete azuis chamados para Hong-Kong e Adelaide Dirigentes contestam

A convocação de sete jogadores do Belenenses para a Selecção Nacional de sevens deixou os dirigentes azuis à beira de um ataque de nervos. A juntar a estes sete que vão aos torneios de Hong-Kong e Adelaide, João Uva foi convidado para integrar a equipa dos Penguin RFC e Sebastião Cunha está lesionado.
O problema é que o Belenenses tem dois jogos capitais no nacional. Defronta o Direito e o CDUL, adversários directos na luta pela melhor posição entre os quatro clubes que disputam o play-off das meias-finais.
O presidente da secção de râguebi azul, Manuel Fonseca e Costa, confessou-se estupefacto com a situaçao: «Não estávamos à espera. Fomos apanhados desprevenidos. Se, por um lado, é sempre bom ver atletas nossos nas selecções, traduzindo que trabalhamos bem no clube, este inusitado número coloca-nos um problema sério, pois vamos ficar com a equipa descaracterizada e logo em dois jogos importantes na Divisão de Honra, com o Direito e com o CDUL.» A juntar a este problema o facto de o terceira-linha Sebastião da Cunha estar ainda a recuperar de uma rotura (sofrida nos treinos para o Mundial de sevens no Dubai) e o capitão azul, João Uva, viajar também para Hong-Kong mas para alinhar pelo famoso clube de convites — Penguin RFC — num torneio da variante de Ten's, eleva para nove os indisponíveis nos campeões nacionais para no sábado defrontarem o Direito, em Monsanto.
Já são conhecidos os semifinalistas mas não o acasalamento dos jogos e a verdade é que o Belenenses (3.º lugar) dista oito pontos do Direito e só tem três pontos de vantagem do CDUL (4.º). Contudo, quer manter esta posição para fugir ao quarto lugar e evitar o duelo com Agronomia.
Pedido de Reunião à FPR

E se pensarmos que nos três-quartos falamos dos irmãos Mateus, Pedro Silva, João Mirra e Diogo Miranda compreende-se a reacção mais forte do dirigente António Henrique Tavares: «A Direcção da Federação e a equipa técnica nacional não pensa nos clubes nem nos seus patrocinadores. Os maus resultados não agradam aos sponsors que nos apoiam e corremos o risco de para o ano sermos prejudicados. Vamos pedir, com urgência, uma reunião com o presidente Dídio de Aguiar, com a presença do seleccionador Tomaz Morais.»
A etapa de Adelaide, registe-se, não fazia parte do calendário da FPR. Seguem-se as etapas de Londres e Edimburgo, torneios que coincidem com os quartos-de-final e as meias-finais da Taça Ibérica, onde estarão as equipas do Agronomia, Belenenses, Direito e CDUL.

Barbosa aposta na formação

João Barbosa, candidato a presidente do Belenenses pela lista B, apresentou ontem algumas ideias caso seja eleito. O também coordenador da Comissão de Gestão prometeu "continuidade" em relação ao trabalho feito nos últimos meses, apelou à união e a que "todos remem para o mesmo lado".
O candidato prometeu apostar na prospecção, formação e busca de "novos espaços e parcerias", além de defender a modernização do clube e o aumento do número de sócios. Numa indirecta à lista A, João Barbosa afirmou que "os sócios não vão atrás de ideias que, no passado, não deram resultados" e deixou no ar a vontade de ver o Belenenses ter "papel mais activo nos órgãos decisores". O que pode ser entendido como um desejo de ter o clube, pela primeira vez, na Direcção da Liga. O candidato defendeu, ainda, "mudança" no modelo competitivo da Liga e que "as palavras passem a escrito" no que respeita às inscrições de equipas. Na lista de João Barbosa, António de Almeida (AG) e Nuno Valério (Conselho Fiscal e Disciplinar) são os candidatos a presidentes.

No plano desportivo, refira-se que Alício Julião rescindiu contrato.