sábado, 18 de abril de 2009

Queixa na Federação contra o Belenenses

Em causa o pagamento da formação de Mano Dirigentes desistiram de entrar em diálogo com o clube do Restelo Atraso de cinco meses

O Almada denunciou ontem o corte de relações com o Belenenses. Em causa está o atraso no acordo para o pagamento da formação de Mano, que se transferiu para o Restelo em 2005. Os azuis comprometeram-se em pagar uma verba mensal faseada, entre Julho de 2007 e Junho de 2009, porém, há cinco meses que ninguém vê dinheiro em Almada, clube da AF Setúbal. Seguiram-se outras medidas.

«Desistimos de conversas. Não pode ser a desculpa das eleições porque não recebemos há quase seis meses. Tentámos por todos os meios um contacto, mas nunca houve resposta. Fomos obrigados a denunciar o caso à FPF e ao nosso advogado para tratar do caso», avança Horácio Rodrigues, vice-presidente do clube, revelando as dificuldades actuais:

«A verba não é grande, é certo, mas para nós é muito. São cerca de 3500 euros mensais. Já recebemos avisos de corte de gás, luz e outras despesas. Estamos a tentar levantar o clube e não é fácil porque tínhamos as contas todas acertadas no início da época.»

O Almada aguarda agora por uma resposta da FPF.

Horácio Rodrigues lamenta o problema mas diz não ter outra solução face à ausência de respostas:

«É isso que nos deixa mais tristes. Não nos disseram absolutamente nada. Depois do que fizeram ao E. Amadora, pela falta do pagamento do empréstimo do jogador Mendonça, agora fizeram o mesmo. O caso agora está entregue às entidades competentes. Vamos aguardar com tranquilidade.»

Azuis proibidos de utilizar o Campo do Pragal

Aliado ao pagamento faseado da formação de Mano, o Belenenses estabeleceu também outro acordo com o Almada que visava a utilização do Campo de Jogos do Pragal para a equipa se treinar, a troco de verba não divulgada pelos dirigentes de Almada. O dinheiro, esse, é que também ainda não entrou nos cofres do clube da margem Sul , segundo Horácio Rodrigues.

«Já foram informados de que não poderiam trabalhar mais no Pragal. Trata-se de um acordo que não estava relacionado com o de Mano. Certo é que, tal como esse, também está com atraso. A verba era destinada para o tratamento da relva, que, desta forma, teve de parar», lamenta o dirigente, escusando-se a apontar números mas sublinhando o não cumprimento das condições propostas inicialmente.

«Ficou acordado que o Belenenses poderia utilizar o campo dez vezes por mês pagando uma mensalidade. No início tudo estava a ser cumprido com regularidade. O mesmo já não acontece nos últimos cinco meses, tal como o acordo estabelecido pela formação do Mano. Estamos tristes com toda a situação, porque o Belenenses é um clube grande de Portugal. Mas nós, face às dificuldades actuais, também temos de sobreviver para não deixar cair o Almada a nível económico», sublinha.

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