O quinteto brasileiro recebeu com surpresa a decisão (ver caixa em baixo), mas o facto é irreversível. Assim, ontem a maioria do plantel trabalhou no relvado secundário do Restelo das 9h30 às 11h15, mas depois seguiu-se um programa diferente para os cinco atletas referidos, já no relvado principal e sob orientação do técnico Nélson Santos. Jaime Pacheco explica as opções pelo que viu "nalguns dias de trabalho e pelas opiniões dos elementos da equipa técnica anterior" que continuam em funções. Os jogadores, todos com contrato, esperam agora por propostas de outros emblemas e têm portas abertas para partirem sem obstáculos.
Pacheco admitiu ter herdado um plantel desequilibrado e "feito para um 4x4x2", mas prometeu fazer os reajustes necessários. O técnico prometeu uma gestão dos jogos com vista ao acumular de pontos. "Com resultados mais positivos, podemos vir a alterar o esquema [4x3x3] e sermos mais ofensivos,
Atitude louvada em Amares
Jaime Pacheco não ficou surpreendido com o empenho dos jogadores em Amares. "Contava que entrassem de forma séria respeitando-se a si próprios, e eles fizeram-no. Levaram o jogo muito a sério, foram íntegros e tornaram o que era difícil em algo fácil. Aliás, o próprio treinador do Amares disse-me no fim que, se a sua equipa tivesse o nosso comportamento no seu campeonato, estaria numa classificação muito melhor", revelou Pacheco. mais ousados", realçou.
Surpresa e tristeza
A decisão da SAD e da equipa técnica do Belenenses de separar, do plantel, Vanderlei, Alício Julião, Edimilson, Negão e Evandro foi recebida pelos visados com surpresa. Contactados por O JOGO, tanto Edimilson como Júnior Negão garantiram que só ontem de manhã, ao lerem a Imprensa, é que souberem que já não iriam treinar com o plantel. "Ontem [anteontem], ligaram-me a avisar que o treino tinha mudado de hora, sem apresentarem qualquer motivo. Soube que tinha sido dispensado pelos jornais e não estava à espera disto. Gostava que tivessem falado comigo antes e estou triste", afirmou Edimilson. A versão é confirmada por Júnior Negão, que também diz só ter sido informado de uma mudança na hora do treino. "Estou triste, mas respeito a opinião. Vou trabalhar para provar que estão enganados. Se não gostaram de mim aqui, irão gostar noutro clube", afirmou, a O JOGO, Negão. A SAD do Belenenses desmente esta versão e assegura que os atletas e seus empresários foram avisados de véspera.
Apanhados de supresa
CINCO RENEGADOS SOUBERAM PELOS JORNAIS...
Edimilson, Alício Julião, Vanderlei, Júnior Negão e Evandro só souberam que iam treinar-se à parte do restante plantel do Belenenses, ontem de manhã, através dos jornais, facto que os deixou surpresos, “tristes e chateados”. O quinteto começou a trabalhar no relvado principal (11.30) depois dos restantes elementos terem terminado.
O médio Edimilson e o avançado Júnior Negão confirmaram a Record o modo como todo este processo se desenrolou: “Ontem (segunda-feira) ligaram à tarde do clube a informar que a hora do treino tinha sido alterada e que passara para as 11.30, mas não divulgaram que íamos treinar sozinhos. Só soubemos disso quando lemos os jornais. Depois, no Restelo, o treinador [Jaime Pacheco] falou connosco. Ninguém da direcção nos disse nada. Não sabemos o que é que eles querem da vida! Temos de acatar a decisão, mas não estamos satisfeitos!”
Explicação de Pacheco
Jaime Pacheco, entretanto, explicou no final do treino matinal o porquê de ter optado por colocar os cinco elementos a à parte, socorrendo-se da tese do emagrecimento anunciado do plantel azul.
“O grupo era muito grande (30 jogadores) e eu decidi juntamente com a direcção reduzir o número de atletas. Observámos os jogadores e tínhamos indicações dos elementos da equipa técnica que continuaram. Esta não foi uma decisão fácil de tomar, mas a verdade é que 30 elementos é demasiado. O grupo dos cinco vai ter um treino adequado e acompanhado”, garantiu o treinador.
Perigo do desconhecido
ABC E BELENENSES DEFRONTAM RIVAIS DA ROMÉNIA E POLÓNIA
O sorteio das competições europeias deixou ABC e Belenenses diante do desconhecido a coberto das grandes distâncias. HCM Constanta, Roménia, e MKS Zaglebie Lubin, Polónia, obrigam bracarenses e lisboetas a estudo intensivo em pouco mais de 20 dias para os jogos da 1.ª mão das terceiras rondas de Taça das Taças e Taça EHF.
Roménia e Polónia, potências do andebol na década de 1980, a par da ex-URSS, estão a ganhar o seu espaço de volta e esse é um dado que não escapa aos treinadores Jorge Rito e João Florêncio.
Há um renascimento do andebol na Roménia e sem dúvida que para esta equipa ter andado nos últimos anos na Europa com algum sucesso é porque é forte. Sabendo nós do ambiente dos jogos naquele país, ainda bem que a 2.ª mão é em nossa casa”, analisa Rito, treinador do ABC, lembrando o confronto com o Baia Mare em 2004/05.
O pouco que sabemos é que estiveram na fase de grupos da Champions e que jogaram taco a taco com os adversários, à excepção do Ciudad Real. Vamos procurar mais informação agora”, salienta Florêncio, técnico do Belenenses.
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