Organista renasce
C.M.P.
Sérgio Organista foi a grande novidade no treino de ontem. Na sessão matinal, o médio treinou sem qualquer limitação, embora afirme sentir algumas dores na execução de certos movimentos. "Estou a sentir-me bem. Há muito que estava sem actividade, e nenhum jogador gosta de estar numa situação destas. Estou a trabalhar em sintonia com o posto médico, mas agora o importante é readquirir a forma física", afirmou o jogador.
Segundo Rui Miller, responsável pelo departamento médico do Belenenses, Sérgio Organista não estará disponível para o jogo de domingo frente ao Amares, a contar para a Taça de Portugal. "O importante é que ele recupere e fique sem limitações. A recuperação deste tipo de lesões demora algum tempo", asseverou o clínico.
Aliás, o próprio jogador admite não se sentir "em condições físicas para poder jogar".Numa óptica de gestão de esforço, no final do treino matinal Sérgio Organista não efectuou uma sessão de sprints e da parte da tarde, para além de alguns exercícios físicos, fez corrida à volta do relvado. Segundo o próprio jogador, este regresso ao trabalho de campo deixou-o feliz. "Hoje é daqueles dias em que chego a casa satisfeito. Foi o primeiro treino que fiz após um período longo de recuperação", disse o médio, que, após o recobro, será uma pedra a ter em conta para o 4x3x3 de Jaime Pacheco.Neste esquema táctico, Sérgio Organista prefere actuar como trinco, mas destaca também poder jogar como médio-volante.
Sem querer tecer comparações sobre a diferença entre o trabalho de Casemiro Mior e de Jaime Pacheco à frente do comando técnico dos azuis, o médio destaca o empenho demonstrado pelos companheiros de equipa após a "chicotada psicológica".Ainda no plano clínico, continuam nos cuidados médicos Rodrigo Arroz, que recupera de uma intervenção cirúrgica à uma pubalgia, Maykon, Carlos Alves, Edimilson, Alício Julião e Costinha. Este último poderá ser opção para o confronto de domingo com o Amares.
Arroz e Matheus controlados pelo CNAD
Os centrais Rodrigo Arroz e Matheus foram ontem controlados, no final do treino da tarde, por uma brigada do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD). Os agentes chegaram durante o apronto, e, como é usual nos controlos surpresa, um sorteio ditou que caberia a estes dois jogadores passar pelo controlo antidoping. Refira-se que é a primeira vez esta temporada que os jogadores da formação do Restelo são submetidos a este tipo de controlo durante a semana de trabalho. Já no final dos jogos, é uma prática comum instituída pela Liga.
Organista reforça orquestra de Pacheco
MÉDIO REGRESSA EM PLENO APÓS LONGA LESÃO
A orquestra do Belenenses tem andado desafinada e até já mudou de maestro com Jaime Pacheco a render Casemiro Mior. Agora, prepara-se para contar com mais um reforço de peso: Sérgio Organista, internacional em todas as camadas jovens e que chegou à Selecção B.
“Hoje [ontem] vou chegar a casa mais cansado, mas contente pelo trabalho que desenvolvi. Já tinha saudades porque nenhum jogador gosta de ver de fora os colegas a desfrutar com o treino”, afirmou o médio após a sessão matinal de ontem, a primeira nas últimas semanas em que participou sem limitações. O camisola 20 dos azuis já não compete desde 24 de Agosto (entrou no Dragão aos 65’) devido a uma arreliadora lesão.
“Nunca tive pubalgia, até porque não tenho dores na púbis. O que tive foi uma tendinite num adutor e doía-me a fazer certos movimentos. Hoje [ontem], senti-me bem, há muitos dias que não me sentia assim e vou trabalhar para que não haja qualquer recaída”, referiu Sérgio Organista, sem fixar uma data para o regresso à competição.
“Para Amares, é impensável porque preciso recuperar a forma, mas depois vou lutar para encaixar no meio-campo quer a equipa jogue em 4x4x2 ou em 4x3x3”, frisou
Autor: NUNO MIGUEL FERREIRA
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