Viana de Carvalho, candidato à presidência do Belenenses nas eleições de 18 de Abril, sublinhou hoje a necessidade de o clube ter um projecto "sem aventureirismos" e defendeu uma gestão "com pragmatismo" e "espírito profissional".
O candidato, vice-presidente nas duas direcções de Cabral Ferreira, sustentou que o Belenenses tem de ter "uma actuação forte para garantir o futuro" e reconheceu que está consciente das dificuldades financeiras e desportivas que o clube atravessa.
"As dificuldades são muitas, mas estamos conscientes delas e não as escondemos perante os sócios nem as escamoteamos. É com base nesse dado que nós temos de construir as soluções do futuro e é isso que é o nosso projecto", defendeu Viana de Carvalho, na apresentação pública da candidatura com o lema "Vamos a isto Belenenses", numa unidade hoteleira da capital.
Viana de Carvalho referiu que está "plenamente convicto" que a equipa do Belenenses, penúltima na Liga Sagres, vai manter-se no principal campeonato português, sublinhando que o plantel "precisa de estabilidade, se calhar de um bocadinho de sorte e de união com a equipa técnica".
"Não me passa pela cabeça descer de divisão. Acho que temos valores. Estão ainda muitos pontos em jogo", afirmou, definindo o projecto, com cinco linhas orientadoras, como "uma estratégia coerente".
A primeira ideia chave que defendeu foi "a defesa intransigente do património do clube", por considerar que "é fundamental que o património do clube fique nas mãos dos sócios, fique em posse do clube".
Viana de Carvalho, que advertiu para a necessidade de restruturar a SAD, revelou também que a sua candidatura pretende "o desenvolvimento sustentado do Belenenses", advogando que o clube "tem de encontrar formas de gerar receitas diversificadas, duráveis e estáveis ao longo dos anos, por forma a diminuir a 'bingo-dependência' que tem caracterizado a vida financeira e orçamental" do clube.
Salientando que o seu projecto tem "fórmulas" para granjear verbas, o candidato à presidência do Belenenses, que vai concorrer no acto eleitoral com João Barbosa, actual coordenador da Comissão de Gestão do clube, referiu-se à necessidade de colocar "o complexo de 13 hectares no Restelo virado para o desporto, virado para o clube e para as comunidades que estão perto de nós".
"Não gostaria que ficasse um centímetro quadrado de terra disponível no Restelo. Queremos que seja integralmente utilizado em prol do desporto, de ter jovens, crianças em formação nas mais diversas modalidades", aduziu.
Como última linha orientadora, Viana de Carvalho acentuou que é "importante fazer renascer a mística do clube", pelo que há intenção de "desenvolver um vasto conjunto de acções para que esta mística, esta alma possa crescer, desenvolver e fundamental captar novos e mais sócios para garantir o futuro".
Além da criação de uma fundação e da intenção de expandir a Escola Matateu através de "franchising", Viana de Carvalho assumiu ainda que, caso seja eleito, abrirá, logo no primeiro dia, uma conta solidária para reunir verbas e fazer face ao empréstimo bancário de cinco milhões contraído pelo clube em Julho de 2008.
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