Embora perante um caso de enorme gravidade (utilização irregular e um jogador) e após a saída do 2º comunicado da SAD, temos assistido em blogs afectos ao Belenenses a um extremar de posições verdadeiramente impensável.
Tentaremos exprimir a nossa ideia sem procurarmos fazer juízos sobre que cabeças deveriam cair.
Num processo de contratação de um atleta dever-se-á passar por 4 fases distintas.
1ª - O parecer técnico (a cargo da equipa técnica), o parecer sobre o curriculum desportivo e social do atleta a ser elaborado pelo director desportivo (quando exista ou por quem tenha sido mandatado para esse efeito) e que deverão emitir um relatório completo a ser entregue ao Presidente do Conselho de Administração da Sociedade.
2ª - Munido desse relatório caberá à Administração encetar contactos com os representantes quer do jogador quer do clube de origem de forma a montar a operação económica/financeira que conduza ao sucesso com o menor custo possível.
3ª - Exames médicos a cargo do corpo clínico do clube e celebração do contrato da incumbência do departamento jurídico.
4ª - Inscrição do atleta nos respectivos organismos desportivos e a comunicação ao departamento técnico da possibilidade ou não da utilização do jogador.
Perante os factos que têm vindo a público de há muito que se sabia do desejo quer do técnico quer da Administração no regresso do camaronês aos quadros do Belenenses
Parte da primeira fase do processo estava concluída, faltando saber se todos os outros itens foram estudados e comunicados a quem de direito.
Foram então encetados contactos (pela administração) com os detentores dos direitos desportivos do atleta que chegaram a bom termos e que conduziram ao seu empréstimo, passando-se de imediato às restantes fases do processo.
Face a isto onde ocorreu o erro ou erros de todo este processo?
Pelos dados conhecidos não foi efectuado por parte do Director Desportivo o relatório sobre as condições desportivas (se estava castigado, se podia ou não ser inscrito e posteriormente utilizado) e sobre o seu comportamento social, que neste caso seria perfeitamente dispensável, já que se tratava de um atleta conhecido.
O não cumprimento destas questões e a posterior não informação ao técnico se o atleta podia ou não ser utilizado, criou esta situação de todo inadmissível numa SAD e até tinha sido reforçada com a entrada de Carlos Janela para uma função específica de assessoria da Administração, como homem experiente do fenómeno desportivo.
Perante estes factos só havia um caminho a seguir. A demissão do Director Desportivo sem prejuízo de poder haver mais responsáveis, que também deverão ser responsabilizados. O que não me parece correcto é estar-se a pedir a demissão da direcção do clube, quando este assunto é assunto da SAD e que a administração desta terá que apresentar um relatório à Direcção já que foi por esta nomeado.
Em todo este processo e fazendo fé em algumas declarações do presidente da Naval, parece que estava montada a cobrança dos juros do caso Mateus.
Valeu o comentário do Rui Santos na SIC para nos alertar.
Neste momento complicado deveremos estarmos unidos para recuperarmos estes 6 pontos (que poderemos perder ou não), apoiarmos os jogadores, equipa técnica e direcção para mais esta batalha que se avizinha.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
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