quinta-feira, 14 de maio de 2009

Há impostos por pagar


Viana de Carvalho diz-se surpreendido com o que encontrou no clube Promete pagar salários aos jogadores na próxima semana

VIANA DE CARVALHO, novo presidente do Belenenses, começa agora a inteirar-se dos dossiers do clube e, pelo que diz, a situação é ainda mais problemáticas do que a esperada antes de tomar conta dos destinos do clube do Restelo. Além do passivo e das dívidas a alguns credores, Viana de Carvalho descobriu agora que... o Belenenses tem impostos de 2009 por liquidar.
«Essa é a verdade. Há impostos deste ano que ainda não foram pagos. É uma situação com a qual não contávamos, mas teremos de lidar com ela e pagar rapidamente o que o clube deve», afirmou ontem Viana de Carvalho, não querendo revelar o valor exacto desta dívida.
Seja qual for a quantia, o pagamento desta terá de ser uma prioridade para a Direcção, até porque, segundo o número 12 dos pressupostos financeiros da Liga para 2009/10, todos os clubes terão de apresentar certidões comprovativas da situação contributiva regularizada, quer ao Fisco, quer à Segurança Social. Sem isso, os azuis correm o risco de não se inscreverem nos campeonatos profissionais portugueses.

DINHEIRO para o plantel. O pagamento dos impostos é uma prioridade absoluta para a Direcção, no entanto, Viana de Carvalho não esquece uma das promessas feitas durante a campanha eleitoral: pagamento dos salários aos jogadores, que já não recebem há dois meses.
«Na próxima semana esperamos ter tudo pago. Estamos a ultimar pormenores para que os jogadores recebam o que está em falta», disse o líder do clube, acreditando que o plantel vai dar uma boa resposta no jogo com o Rio Ave, decisivo para a manutenção:
«O grupo está triste, mas senti vontade de todos em ganhar o próximo jogo. A manutenção é difícil, mas temos de acreditar, até porque, enquanto há vida há esperança.»

terça-feira, 5 de maio de 2009


Guerra à flor da relva

LUSIFOR EXIGE 300 MIL EUROS ATÉ 4.ª FEIRA

Adolfo Barbosa, sócio-gerente da Lusifor, garante que a empresa vai assegurar a manutenção dos relvados do Belenenses até ao próximo dia 31 de julho, data em que termina o contrato entretanto denunciado pelo clube. "Não afrontarei a instituição Belenenses, muito menos farei algo no sentido de prejudicar o clube. A Lusifor irá desenvolver o trabalho normalmente como até aqui e garantirá a realização dos jogos, sem prejuízo de tomarmos as medidas ditadas pelos nossos serviços jurídicos", refere o responsável pela empresa que, ontem de manhã, enviou um faxe para João Barbosa e Sequeira Nunes - líderes, respetivamente, da Comissão de Gestão e do Conselho Geral - a reagir à denúncia do contrato.

"Considerando a forma pouco digna, para não dizer cobarde, como decidiram rescindir o contrato de prestação de serviços, a Lusifor decidiu o seguinte: exigir de imediato o pagamento da dívida acrescida de juros de mora e aguardar até à próxima 4.ª feira, dia 6 de maio, para que o pagamento seja efetuado", lê-se no documento. Ao que apurámos, a dívida ronda os 300 mil euros e já remonta a meados de 2007. "Nunca mais recebi nada", queixa-se.

A título pessoal, Adolfo Barbosa faz duras críticas a João Barbosa, líder da Comissão de Gestão. "Dividiu os sócios, rodeou-se de incompetentes, acabou com o basquetebol porque quis pressionar no sentido de fazer a equipa e colocou a equipa de futebol em sérios riscos de descer de divisão", afirma Adolfo Barbosa, o qual é apoiante confesso da Lista A encabeçada por Viana de Carvalho. "A minha preferência vai para essa lista porque considero ser a melhor", explica.

A relação entre o Belenenses e a Lusifor deterioraram-se este ano, com a equipa de Jaime Pacheco a treinar-se em diversos locais. Em janeiro, a Comissão de Gestão dos azuis emitiu uma declaração a atestar que "a Lusifor executou vários trabalhos em boas condições, dentro dos prazos estipulados e sem anomalias a registar".

Contudo, tudo se alterou quando, em fevereiro, Adolfo Barbosa alertou os dirigentes para o facto de o campo n.º 2 estar completamente destruído devido à excessiva utilização. Em abril, o responsável pela Lusifor enviou outro faxe à Comissão de Gestão a solicitar algumas informações (programa de concertos e outras actividades, quando acabam as actividades nos campos relvados e quando começariam as da época seguinte). "A resposta que tive foi a denúncia de contrato", lamenta, desmentindo que o relvado principal do Restelo esteja em más condições. "A prova disso é que o árbitro do recente jogo com o Estrela da Amadora disse aos capitães que num relvado daqueles só não jogava à bola quem não soubesse. Há testemunhas disto", garante Adolfo Barbosa, esclarecendo a questão do pagamento das letras.

"João Barbosa mentiu ao dizer que o candidato da Lista A, Viana de Carvalho, não tinha pago as duas letras que surgiram quando o falecido Cabral Ferreira decidiu abrir novo concurso, em meados de 2007, e acertou contas comigo. Desde então, todos os dirigentes reformaram essas letras à excepção de Jorge Coroado que pediu para esperar pelas eleições", explica para desmentir o candidato pela Lista B.

A finalizar, o dirigente da Lusifor é taxativo. "Não quero mais, acabou! A Lusifor não vai continuar a prestar serviços ao Belenenses mesmo que venha a ser convidada. Estou aberto ao diálogo com a instituição e com quem quer que a represente, mas com João Barbosa só depois de se retractar publicamente de tudo o que disse", frisa.
Autor: NUNO MIGUEL FERREIRA Data: Segunda-Feira, 4 Maio de 2009 - 19:07

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tornar Lagoa ainda mais azul

Hugo Figueira já representou o FC Porto mas pretende repetir vitória da fase regular em casa

É o passo final para a final four que este ano se realiza na cidade algarvia de Lagoa e apenas quatro equipas conseguirão o apuramento. No Restelo há jogo de azuis onde o Belenenses conseguiu o inédito até agora: foi a única formação a ter ganho ao FC Porto esta época na fase regular da Liga (o Benfica fê-lo na Taça da Liga) e o cenário repete-se no pavilhão Acácio Rosa, onde o Belenenses se torna uma formação ainda mais forte.

Hugo Figueira não tem dúvidas: «Não é o jogo da época, é o próximo e vamos para ganhar. É um jogo de Taça, o que por si só é diferente. Sabemos que vamos ter pela frente uma grande equipa, que foi o vencedor da fase regular, mas quero repetir a vitória sobre eles aqui no Acácio Rosa.» Como o fazer? O guarda-redes dá a resposta: «Eles estão bem apetrechados, mas é fundamental parar a primeira linha e a relação com o pivô, se assim for é meio caminho andado», sublinhou.

No Funchal, o Madeira SAD enfrenta o rival insular do Sp. Horta a poucos dias de iniciar as meias-finais da Liga, tal como o Benfica, que vai à Maia medir forças com o Ismai sem Carlos Carneiro, mas ciente de que, a seguir, vem o dérbi lisboeta com o Sporting.

Em Santarém, os Empregados do Comércio — tal como o Ismai, já eliminado dos play-off da I Divisão masculina — têm pela frente apenas o vencedor do troféu em título, o ABC, que joga aqui igualmente a temporada, depois da eliminação nos play-off da Liga.